Os tempos difíceis já passaram, garante a banda alemã.
Depois do cancelamento do concerto no Pavilhão Atlântico, os Tokio Hotel estrearam-se finalmente em Portugal. O METRO falou com eles antes do concerto no Rock in Rio.
Vão finalmente fazer a estreia. Como se sentem?
Bill Kaulitz – Sim, da última vez não correu muito bem. Foi azar. Mas desta vez está tudo em ordem e estamos muito contentes por cantar para o público português.
Está recomposto?
Bill – Sim, passei muito mal. As três semanas seguintes à operação foram muito difíceis. Foi o meu período de “rehab”! (ri-se ao fazer alusão à música de Amy Winehouse). Mas agora já está tudo bem. Já cantámos duas vezes desde a operação e correu tudo bem.
A banda esteve parada ou ensaiavam?
Tom Kaulitz – Eu acompanhei mais o Bill durante o período de recuperação. Fui com ele ao hospital e tudo mais. O Georg e o Gustav tiveram mais tempo livre. Pode dizer-se que andaram a fazer o que queriam.
Há algum tema que possa aparecer sobre este período mais complicado?
Bill – Foram tempos difíceis e não me apetece muito lembrar deles. Não quero ter muitas memórias. Foram muitos nervos e dores. Quero só ultrapassar isso, estar bem e esquecer o assunto.
Esta vinda a Portugal, com mais tempo, permitiu perceber o número de fãs que têm a gritar por vocês?
Tom – Sim, é um sentimento muito bom. Gostámos muito e descobrimos muitos fãs cá em Portugal. Também por isso temos muita pena de termos cancelado o último concerto. Gostamos muito de estar cá em Portugal e saber que há tanta gente a apoiar-nos.
Chegaram a ter noção do desgosto dos fãs?
Bill – Sim, mas não foi só cá. Foram em todos os países. Fiquei muito surpreendido com as cartas e outras coisas que me mandavam e com todo o apoio que me deram. E foi muito agradável saber isso.
Que expectativas têm para a tournée?
Tom – Não estamos à espera de nada da parte dos fãs. Nós é que estamos em falta, nós é que temos de ir recuperar aquilo que eles nos deram. Foi um desgosto grande para eles o cancelamento. Em qualquer dos casos, esperamos que os fãs estejam bem dispostos e cheios de energia para os espectáculos.
Depois da tournée, estão a pensar em começar o novo álbum? Já estão a escrever?
Tom – Nesta altura só estamos a tocar em festivais, ao fim-de-semana. Durante a semana juntamo-nos para ensaiar e tocar. Temos criado algumas músicas novas dessa forma. O plano é fazer um novo disco durante o Verão, escrever mais e produzir algo novo.
Então quando podemos ter um novo álbum dos Tokio Hotel?
Bill – Não nos queremos comprometer com nenhuma data, porque ainda estamos a meio do trabalho. Não queremos que o tempo seja limitativo. Quando estiver pronto, logo se saberá!
O terceiro dia do Rock in Rio foi dedicado à família. Estiveram no recinto 45 mil pessoas, das quais oito mil crianças. O recinto encheu-se de pais e filhos para assistirem a uma programação muito virada para os mais novos. As filas para entrar foram um pouco mais demoradas, uma vez que as crianças – até aos nove anos não pagavam – tinham de entrar com uma pulseira com o número de telefone dos pais.
O maior número de fãs era dos Tokio Hotel: muitos cartazes a declarar amor incondicional à banda, a Bill Kaulitz e a pedirem a eternidade da banda alemã. Além disso, alguma maquilhagem e cabelos despenteados, um pouco à semelhança da imagem da banda.
E foi curioso ver algumas imagens como crianças pequenas com t-shirts dos Ramones e pais barrigudos, com lenços na cabeça a lembrar os tempos rock da juventude. (…)
Heinz
Fonte: Metro (online)
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