Os TH esperam histérico sucesso nos EUA

Los Angeles – Os Jonas Brother que se mudem, os gémeos Kaulitz estão a chegar.
Os irmãos Kaulitz de 18 anos constituem metade dos Tokio Hotel, um quarteto alemão de glam-pop que está a criar histeria ao "estilo Beatles" entre os adolescentes na sua terra natal.

Eles venderam quase 3 milhões de CDs e DVDs no seu país natal e esperam aumentar esse fanático grupo de fãs nos EUA.

Eles estão entre as cenas jovens e os My Chemical Romance,” diz Andrew Gyger, sénior gerente do produto da Virgin Entertainment Group, poucos dias após a aparição do quarteto na loja da Virgin na Times Square em Nova Iorque, no mês de Maio, para promoverem o seu álbum de estreia em inglês, “Scream”.


A comparência foi enorme em termos de vendas e da quantidade de raparigas que apareceram,” diz Gyger, contando histórias de pelo menos uma rapariga ter desmaiado e de as restantes gritarem, enquanto esperavam na fila, que dava a volta ao quarteirão, para o evento. “A banda parece que apareceu do nada.”

De facto, os Tokio Hotel saíram da Internet. Uma pesquisa do YouTube mostra 123,000 videos comparados com 88,100 dos Jonas Brothers ou 21,000 de um veterano como Bruce Springsteen. Para ajudar a satisfazer o apetite dos seus jovens fãs, nos últimos seis meses a banda produziu semanalmente episódios da TV Tokio Hotel para o seu website americano.
Para os Tokio Hotel, o visual é tão importante como a voz e ambos são conduzidos pelo look Anime do cantor Bill Kaulitz: cabelo preto ora liso ora volumoso; escura maquilhagem de olhos que acentua as suas delicadas, andróginas feições de boneca; colares de correntes e tradicionais t-shirts de rock n’roll. Ele é tão magro que em palco parece ser de apenas uma dimensão, tipo boneco de papel. Mas ao ouvi-lo dizes que o seu look vem da Transylvania, e não do Japão.

O look Vampiro aos 10 anos

Quando tinha 10 anos, Bill Kaulitz vestiu-se de vampiro durante o Halloween e adoptou o seu estilo à volta desse.

Depois disso, eu comecei a pintar o meu cabelo e as minhas unhas. Comecei a usar maquilhagem e isso. Nunca tinha ouvido falar de Anime,” disse Bill Kaulitz durante uma entrevista no Avalon Hollywood, antes do esgotado concerto em Los Angeles. Ele, o seu irmão, o baixista Georg Listing, 20, e o baterista Gustav Schäfer, 19, estão metidos num cubículo da zona lounge, um andar acima do palco do Avalon. Tanto ele como o Tom falam muito bem, mas mesmo com um acentuado sotaque, Inglês, um intérprete está por perto, para o caso de ser necessária alguma tradução.

Tom Kaulitz, o irmão mais velho 10 minutos (“Muitas pessoas pensam que o Bill manda, mas eu é que mando,” ele ri), desenvolveu o seu look hip-hop/rastas quando ele tinha sete ou oito anos, em parte como uma maneira de se diferenciar do seu gémeo idêntico. “Quando tínhamos seis anos, nós éramos iguais,” disse Tom Kaulitz. “Tínhamos camisolas com (os nomes) Bill e Tom, para os professores terem a oportunidade de saber quem era quem.”
Os irmãos Kaulitz começaram a tocar guitarra quando tinham sete anos – os instrumentos foram prendas do seu padrasto que é músico. Aquando a meio da adolescência, eles tocaram em clubes, muitas vezes para menos de cinco pessoas, e o Listing e o Schäfer juntaram-se à banda.
O apoio maternal não foi só desejado, como vital: “Nós precisávamos do apoio dos nossos familiares porque não tínhamos carro, não tínhamos dinheiro,” diz Bill Kaulitz.
A mãe há muito que parou de levar a banda para os concertos; eles têm pessoas que o fazem por eles agora, já que eles formaram uma equipa durante a sua impressionante ascensão. O primeiro single da banda, “Durch den Monsun,” entrou para número 1 na Alemanha em 2005, e seguiram-se um par de álbuns número 1 e tours Europeias esgotadas.


Os novos 'N Sync?

O frenesim das fãs na Alemanha alcançou proporções épicas, como quando um grupo de raparigas adolescentes entregou uma carta de fãs que tinha mais de 11 quilómetros de comprimento. Depois de verem uma jovem fã repetidamente nos concertos em diferentes cidades, a banda mais tarde veio a saber que esta tinha fugido de casa para seguir o grupo.
É ainda uma loucura para nós,” diz Bill Kaulitz sobre a desmedida atenção.

Depois de testemunhar a apresentação da banda no concerto de Fevereiro no Gramercy Theatre em Nova Iorque, Amy Doyle, VP da MTV de música e talento, tornou-se adepta. “Eu não conseguia acreditar na fila que se formava de raparigas adolescentes a gritar,” disse ela. “Isso lembrou-me o público do fim dos anos 90 e 2000 para os Backstreet Boys e ‘N Sync.”
Depois dessa actuação, a MTV adicionou o vídeo “Ready, Set, Go!” a uma grande rotação, tal como deu destaque online à banda, na Mtv2 e no “TRL”. Os Tokio Hotel escrevem um diário de tour para a MTV.com, que, de acordo com Doyle, obteve mais comentários de leitores do que qualquer outro diário de tour anterior.

Mas a banda tem um longo caminho a percorrer antes de alcançarem os níveis de venda dos Backstreet Boys ou dos ‘N Sync – desde que o CD da banda foi lançado em Maio, vendeu apenas 23,000 cópias. A marca americana da banda, Cherrytree/Interscope já levou o primeiro single, “Monsoon”, às rádios, mas Doyle diz que o pacote inteiro é o ponto de partida para as vendas da banda.

A rádio ajuda sempre, mas há sempre uma ligação que é claramente feita quando a audiência os vê que não consegues associar a nenhuma música; os fãs proporcionam uma ligação emotiva.”
Realmente, no espectáculo em Avalon naquela noite, as raparigas adolescentes compactaram-se de tal forma contra o palco que os seguranças começaram um processo normal de as puxar por cima da vedação, assim que algumas das jovens começaram a debater-se com a proximidade aos seus heróis e com a pressão feita por aqueles que as empurravam.

É mesmo muito bom que já tenhamos fãs aqui. Mas estamos no início,” Bill Kaulitz. “Nós queremos ter sucesso na América, queremos mesmo tentar. Não existem muitas bandas alemãs que conseguem a oportunidade de vir à América para tocar.”

Os Tokio Hotel já têm o Jardim da Madison Square em vista, mas sabem que têm muito que trabalhar para lá chegar. Nesta viagem, eles estiveram no prestigiado local; não para actuar, mas para verem Jay-Z e Mary J. Blige.

"É um sonho poder tocar lá," diz Tom Kaulitz, abanando a sua cabeça para cima e para baixo. "Talvez dentro de dois anos. Tu precisas de objectivos na tua vida."



Tradução: Heinz

Fonte: KnoxNews (online), 27 de Maio '08

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