39 Perguntas II

"E depois vais para os bastidores"


Parte II
22 Fevereiro 2007

Na segunda parte da entrevista a Sophie Albers fala com os Tokio Hotel sobre sexo, baratas e o lado decepcionante do show-business.

Um segredo do sucesso da banda jovem Tokio Hotel está também obviamente na combinação Tom e Bill. Um diz, pelo menos, que dorme com raparigas que conseguem ir ao seu quarto de hotel, o outro promete que espera pelo grande amor da sua vida.O que há mais de tranquilizador para uma rapariga na puberdade, inundada de mais hormonas que o segurança, que nada lhe acontecerá quando ela escreve «Bill fick mich» (Bill f***-me) no seu decote revelador. Quebra de tabu controlada por excelência.Mas por vezes ouvimos as tão famosas fantasias eróticas que as jovens alemãs têm:

14. Na verdade, os quartos de hotel são as vossas próprias primeiras "barracas"...
Bill: É verdade.

15. No entanto têm quartos individuais...
Bill: Sim.
Georg: No princípio quartos duplos.
Bill: Também já aconteceu ficarmos os quatro num quarto.
Georg: Muito antes dormíamos em tendas quando estávamos em digressão com os concertos.
Tom: Como já disseste, os quartos de hotel são para nós os primeiros apartamentos. Quando uma pessoa está em movimento o dia todo com muitas pessoas, também deve ter de vez em quando as suas próprias quatro paredes.

16. Têm algumas anedotas divertidas de Hotel para contar?
Bill: Tivemos precisamente uma má experiência! Foi em França, tínhamos baratas no hotel...
Tom [interrompe o irmão]: Mesmo no princípio, estávamos nós pela terceira ou quarta vez no hotel, observámos pessoas enquanto f**iam...
Bill [reflecte que as baratas realmente não são Rock'n'Roll]: Ah, foi fixe... isso já é uma história antiga, mas eu lembro-me disso com gosto. Foi em Hamburgo num hotel, e temos realmente uma hora e meia com isso...
Georg: Estava um frio de morrer, tinha estado a chover e tínhamos de ir para um terraço para poder observar perfeitamente.
Bill: Pensámos só quem se despia. Foi lindo. E também ainda vimos no dia seguinte ao pequeno-almoço.
Georg: Às vezes telefonávamos para o quarto. E o gajo desligava furioso.
Bill: Desligou o auscultador que atendia sempre e logo depois no mesmo mau-humor, porque ele só estava presente...
Georg: E depois desligavam as luzes e nós reflectíamos como empurrar uma nota de dez euros debaixo da porta.

17. Despacharam depois as baratas?
Bill: Sim, tirámo-las com água.

18. Isso não as mata...
Bill [ainda olhos grandes e um enojado hhmm..]

19. Quando é que "ser estrelas" vos desapontou pela primeira vez?
Tom: Quando estivemos pela primeira vez numa entrega de prémios e fomos aos bastidores. Acho que foi no Comet.
Bill: Tu imagina-lo simplesmente diferente. Na televisão vês sempre essas grandes luzes e essas pessoas maquilhadas do top, e depois vais tu para os bastidores e de qualquer maneira...
Tom: ...e lá também todos participam sempre em: à frente da câmera um diz «Aqui está fantástico», e depois vais para os bastidores...
Bill: E lá não há nada de errado! Nos bastidores vês estas paredes cintilantes e depois vais atrás e é só desta grossura [mostra com os dedos 2 centímetros], e atrás os cabos todos pendurados. E pensas assim, na verdade há aqui muitas coisas simplesmente falsas!
Georg: Tudo de cartão.
Bill: E os camarins imaginas sempre...
Tom: No entanto também há em parte salas de bastidores bonitas.
Georg: Enfim.
Bill: Também há coisas a que já estamos habituados. Agora não é nada que me admire...
Georg: Antes pensávamos que tinha Jacuzzi com um par de mulheres lá dentro...
Bill: É o que se diz.

20. Então devem deixar as mulheres entrar apenas. Designar-se-iam desiludidos?
Tom, Georg: Nãão.
Tom: Quer dizer claro que, em todo o caso, há coisas onde uma pessoa se desaponta. Por exemplo as salas de bastidores.
Bill: Não diria desiludido. Nós aprendemos, tornámo-nos mais maduros. Claro que recebemos muito. E também acho fixe que com 17 anos, corremos à volta e sabemos como tudo decorre. É uma experiência fixe.

21. Outra vez uma pergunta para as raparigas: Quando elas gritam elas referem-se não a vocês mas sim às estrelas, à imagem que vocês vendem. Isso não vos incomoda?
Georg: Elas já gritam para nós...
Tom: Contudo as pessoas já sabem muito sobre nós. Elas não gritam só para as minhas rastas...
Bill: Também há fãs, com quem nós nos encontramos sempre, elas estão em muitos hotéis, e também já falámos com elas. Elás já nos conheceram de verdade, o que contamos e o que fazemos. Apesar disso, gritam novamente na próxima vez.
Tom: Também estão interessadas na própria pessoa.

21. Ok, o que eu quero dizer é: outro músico do mesmo modo violento uma vez disse: «Eu sou um objecto sexual, e de lá já não saio mais.» Isto soa um bocado feliz.
Tom: Sim, é mau, eu também sou um objecto sexual... [dá risadinhas e grunhindo]

22. Vocês são constantemente insultados, incomoda-vos?
Tom: Eu acho isso, na verdade, completamente ok. Claro que ninguém gosta de ser insultado. Mas a banda não lida com nada disso assim. E eu também ia achar bastante aborrecido se toda a gente achasse bom. Tal e qual como iria achar aborrecido se nos nossos concertos só aplaudissem. Por outro lado há pessoas que lidam connosco, especialmente em construir cartazes...
Georg: Fazer páginas de internet...
Bill: Também é que nós só não conhecemos desde que somos bem sucedidos. Quando já estávamos no palco aos dez anos haviam sempre pessoas que pensavam «Banda de crianças». Mas com o passar do tempo uma pessoa enterra isso. E se realmente as críticas são feitas a determinadas coisas, devem soar silenciosas às vezes.

23. Se fosse oferecido um contrato a solo ao Bill o que aconteceria?
Tom: Esta deves responder tu.
Bill: Bom, também já dobrei um filme ["Arthur e os minimeus"]. Todos têm de qualquer maneira espaço para fazer as suas coisas. Muitas bandas se separam nisso, porque [o Tom tenta interrompê-lo, o Bill ganha] são uma união nisso, não podem fazer nada, não podem sair. Connosco cada um pode sair às vezes. Quando alguém diz «Agora quero desenhar e fazer uma exposição ou dobrar um filme ou ser actor» falamos sobre isso. Não o guardamos em segredo.

25. Há nos EUA uma rapariga de 11 anos, Bianca Ryan, que provavelmente irá ter uma carreira muito cedo semelhante à vossa. Se lhe pudessem dar um conselho, qual seria?
Bill: Portanto, eu não lhe daria absolutamente nenhum conselho. Eu também sempre odiei quando as pessoas me diziam ou aconselhavam alguma coisa...
Tom: Isto soa tão precoce.
Bill: Sobretudo, também não ajuda. Por fim, deves experienciar tudo tu mesma. Assim é também muito mais emocionante, do que as pessoas te dizerem tudo e anteciparem tudo.

26. Não há nada que ela deva evitar?
Bill: Ela deve experimentar. Em todo o caso, nós crescemos com cada obstáculo.
Tom: Uma pessoa deve, às vezes, também cair para se levantar novamente.

http://www.netzeitung.de/feuilleton/39fragen/542993.html

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