Junho 2007
Perguntas de fãsHá algumas semanas atrás, a redacção da ONE recebeu uma carta dum grupo de fãs dos Tokio Hotel. Contém uma longa lista de perguntas para a banda e um simples "É possível que um dos vossos repórteres faça estas perguntas que nós muitas pensamos?" A ideia pereceu boa. Por isso decidimos fazer parte do jogo e fazer estas perguntas ao Bill, Tom, Gustav e Georg. Os rapazes gostaram da ideia de agradar a curiosidade das suas fãs. E, hoje, aqui estão as respostas...
Sabem que as vossas fãs francesas gostam mais de vos ouvir em alemão do que inglês?
Bil: Não sabia, mas fico contente por saber isso. Para mim é quase um elogio. Não que não goste das nossas músicas inglesas, mas na verdade, prefiro cantar em alemão. Sinto-me mais confiante e não tenho de me concentrar em ter o sotaque perfeito! [ri] As músicas dos nossos dois primeiros álbuns foram feitas para alemão, por isso gosto de mais de as cantar como são originalmente. Para concluir, partilho a mesma opinião das fãs francesas...
Tom, pensas em cortar as tuas rastas algum dia?
Tom: Neste momento não está nos meus planos. Tenho rastas desde os 11 anos e iria-me sentir nu sem elas. Por isso acho que vou continuar com elas ainda por mais alguns anos, mesmo sabendo que algumas pessoas gostariam de me ver com outro corte de cabelo...
Bill e Tom, acham que ainda vão partilhar um apartamento daqui a dez anos?
Tom: Da minha parte não me ia importar. Sempre nos demos bem com o Bill, e não sei porque é que isso iria mudar. Espero que, em qualquer momento, ambos tenhamos namoradas e nessa altura, viver juntos vai ser um bocado difícil. Ou pelo menos tenho de dizer à minha namorada que se quiser estar comigo vai ter de aguentar todas as manhãs a cara acabada de acordar do Bill , e isso não é muito fácil de se fazer!!! [ri]
Bill: Estúpido! Vamos ver isso hoje à noite...[ri]
Vão algumas vezes à internet ver os blogs dedicados a vocês?
Gustav: Vamos à internet regularmente para ver o que as pessoas dizem de nós, porque é uma boa maneira de ver o que os fãs pensam dos nossos concertos, novas músicas ou dos nossos videoclips. No entanto, tomamos sempre isso, porque sabemos que as fãs fazerem blogs sobre nós é só um lado da opinião. É muito raro ver comentários negativos em blogs de fãs, mesmo porque são blogs de fãs. Mas também sabemos que muitos jovens, como na Alemanha, não gostam de nós. E esses não fazem blogs a dizer quão nos detestam.
Tom: Tanto quanto sei, já vi alguns blogs anti Tokio Hotel. Gosto de os ler, fazem-me rir. Normalmente os que escrevem dizem que somos uma boysband e que o Bill é homossexual. Não é muito inteligente, e pessoalmente não quero saber dessas críticas. Eu sei quem somos, de onde vimos e onde queremos ir. Outras coisas quaisquer não importam.
Há rumores que dizem que vão online para o MSN para falar com os fãs. É verdade?
Bill: Não, é falso. Já aconteceu irmos a um chat organizado pela nossa companhia discográfica ou o nosso site oficial, mas os fãs dizerem que têm o nosso adereço de MSN e que falam connosco é mentira. E também sei que algumas pessoas gostam de criar novos nicknames no MSN e fingir que somos nós entre os fãs. É por isso que quero esclarecer isto, nós nunca estivemos no MSN. Espero que desta vez os fãs não caiam na cilada.
Quando os fãs vos escrevem cartas, têm oportunidade, nem que seja muito pequena, de receber uma resposta vossa?
Tom: Sinceramente, é muito difícil responder a todas as cartas que recebemos. Se quiséssemos fazer isso teríamos de escrever 24 horas por dia durante, no mínimo, 3 semanas! É por isso, e é melhor ser honesto e dizer aos fãs para não terem muitas esperanças quando enviam cartas. Podíamos ter contratado alguém para responder por nós e enviar uma fotografia pré-assinada, mas não gostamos dessa maneira de responder, automática e impessoal. Quando autografamos estamos mesmo a fazer isso. Ninguém assina por nós. Também quero pedir desculpas a todos os que não receberam respostas, mas é impossível para nós responder todas as cartas que recebemos.
Georg: Mas isso não quer dizer que não ficamos emocionados por todas essas cartas. Se algum dia não recebêssemos nenhuma carta, ficaríamos muito desapontados.
Bill: E também devemos dizer que às vezes respondemos a algumas cartas. Não a tantas quanto queríamos, mas quando tivermos tempo livre, especialmente durante a tour, tentamos tirar algum tempo para responder às cartas que nos tocam muito. Mas, mais uma vez, o Tom tem razão, é melhor que os fãs não tenham muitas esperanças porque é impossível para nós respondermos a todas as cartas.
Há muitos rumores sobre vocês. Algum deles vos magoa?
Bill: A única coisa que nos consegue magoar, seriam as críticas das nossas famílias. Tudo o resto, toda a imprensa e tudo o que se diz na internet, não queremos saber. Se tivéssemos de aturar toda a merda que se diz sobre nós ficaríamos malucos.
Muitas vezes na Alemanha, tiveram fãs que foram com vocês para o palco durante os concertos. No entanto, nunca aconteceu na França. Porquê?
Tom: Os fãs não se têm de preocupar, não tem nada a ver com o país. Normalmente, depende de como é construído o local e da nossa disposição durante o concerto. Há algumas vezes, por uma razão que eu não sei, em que o Bill vem ter comigo entre duas músicas e me diz que vai buscar alguém para o palco. Nunca é planeado, acontece assim, durante o momento. No entanto, se me lembro bem, as últimas vezes que tocámos em França, o local era feito de uma maneira que era muito difícil levar alguém do público para o palco. É provavelmente por essa razão que nunca tivemos ninguém connosco.
Bill: E também um bocado porque eu estava intimidado. Cantar em frente a um público completamente novo, é sempre impressionante. Eu estava especialmente concentrado nas músicas e devo admitir que não pensei em levar alguém para o palco. Se quisesse fazê-lo seria difícil por causa da língua, teria muitas dificuldades em falar com essa fã em francês. De qualquer maneira, talvez o faça da próxima vez, como o Tom disse, nada é planeado antes.
Algumas fãs de desde o princípio perguntam se planeiam tocar algumas músicas dos Devilish nos concertos?
Bill: Já cantamos o Leb die Sekunde, que é do tempo dos Devilish. Mas acho que será a única.
Gustav: As outras músicas dos Devilish não prestavam. Seria uma vergonha tocá-las em palco! Ou então tinham de ser melhoradas, mas isso seria como escrever uma música completamente nova, muitas coisas para mudar...[ri]
Depois de cantar músicas em alemão, inglês e japonês, já planearam cantar em francês?
Bill: Mesmo que nada esteja planeado até agora, não é uma coisa que excluímos. O público francês é um dos nossos favoritos e seria uma forma de lhes agradecer. Se alguma vez decidirmos fazer tal projecto, posso vos dizer que será uma única canção. Não me consigo imaginar a cantar um álbum inteiro em francês. Não tenho nada contra a língua, mas acho-a muito difícil de pronunciar, e provavelmente precisaria de meses de treino até ter o sotaque perfeito.
Georg: Podemos pensar que francês é difícil mas também posso dizer que alemão não é assim tão fácil. No entanto, pode-se ver que os fãs franceses cantam as nossas músicas em alemão...
Bill: É verdade. Georg, davas um bom advogado!
Gostavam de gravar um dueto com um artista francês? Se sim, quem?
Bill: Fazer um dueto com alguém não é assim tão fácil. Tem-se de ter a mesma visão das coisas, de uma maneira humana mas também musical. Mas para ser honesto com vocês, não vejo nenhuma banda de rock francesa com quem possamos trabalhar. Não que eu odeie todas as bandas do vosso país, só não tenho nenhum nome em mente. Não somos contra duetos, mas as coisas têm de ser feitas naturalmente, com a vontade de as fazer, não por interesse.
Gustav, mesmo que fales pouco, tens muitas fãs que gostam de ti. Porque é que não és tão falador se tens uma voz tão bonita?
Gustav: [enquanto os outros três se desmancham a rir, o Gustav está quase a corar] Ao contrário do que algumas fãs pensam, não estou triste todo o dia! Sou só uma pessoa discreta e prefiro deixar os outros falar. Na maioria das vezes, as perguntas feitas são factos gerais. No entanto, o Bill e o Tom são sempre os primeiros a responder. É como na escola, quando éramos mais novos. Logo depois da professora fazer a pergunta, já estavam duas ou três boas crianças que levantavam imediatamente as mãos para responder à pergunta primeiro e deixar uma boa impressão na professora. Eu fazia parte das pessoas no fundo da sala.
Tom: Estás a dizer que somos graxistas?
Gustav: Isso mesmo! [ri] Não, a sério, eu sou simplesmente mais tímido e retraído que os outros, e quanto melhor possível tento não ser abordado.
É por isso que escolheste a bateria?
Gustav: Possivelmente. E talvez porque sou muito preguiçoso e a bateria é um dos raros instrumento que te permite estar sentado durante todo o concerto! [ri]
Tom: Sobre isso concordo contigo. Bateria é para preguiçosos! Para mim, a pessoa da banda que tem o melhor lugar é o Bill. Só tem de carregar o seu microfone, anda pelo palco, vai ver os fãs, senta-se em frente ao público quando quer, tem uma boa vida. Nós e o Georg temos de carregar os nossos instrumentos durante todo o concerto. E ainda mais, estamos presos ao sistema de som com fios que não nos permitem ir onde queremos. Pior que um prisioneiro! [ri] Se tivesse de dar as "medalhas de mérito" entre os Tokio Hotel, eu seria o que merecia o ouro, porque não só carrego com o instrumento, mas já são 18 anos que aturo o Bill diariamente! Depois disso, o Georg recebia um prémio pelo seu trabalho de baixista, depois o Gustav se senta na sua cadeira atrás da bateria, e por último, o Bill que se encosta, ele merece ser o último destas medalhas! [depois deste longo discurso, toda a gente está a rir e a entrevista está com alguns problemas em recomeçar. O Tom e o Bill atiram almofadas à cara um do outro, e passados 5 minutos consigo, finalmente, continuar com as perguntas]
Qual a pergunta que gostavam que vos parassem de fazer?
Bill: Sinceramente, estou a ficar cansado de perguntarem porque decidimos nos chamar Tokio Hotel. É uma coisa que já dissemos uma dúzia de vezes, no entanto, nalguns países os repórteres continuam a perguntar-nos isso. Às vezes, estou tão cansado de dizer a mesma coisa que gostava de inventar alguma coisa. Coisas parvas como: "Chamámo-nos Tokio Hotel porque damos todos os nossos concertos num quarto de hotel luxuoso em Tóquio e depois dormimos com as fãs nesse quarto!"
E quais são as perguntas que as pessoas nunca vos fizeram, e que querem que perguntem?
Georg: Essa é uma boa pergunta!
Tom: Respondemos a muitas perguntas o ano passado que já nem sequer sei qual é que gostava que me perguntassem. Mas há uma pergunta que nunca nos foi feita, e de uma maneira, até é melhor para o Georg... E porque acho que me vais perguntar qual é a pergunta, eu digo-te já que as pessoas nunca nos perguntaram quem era virgem. Mas, como já disse, ainda bem para o Georg que essa pergunta nunca foi feita, porque ele teria de a responder! [Tom acaba mais uma vez a sua frase desmanchado a rir, tal como o resto da banda]
Georg: Tudo o que disseste está gravado Tom. Eu processo-te e tu estás-te a habilitar, porque sabes muito bem que sou mais forte que tu... De qualquer maneira os fãs irão finalmente descobrir a tua verdadeira face e do que és capaz de fazer aos teus amigos! {ri]
Esta pergunta não faz parte da lista das fãs, mas agora tenho-a de a fazer. Georg, o Tom está a dizer a verdade?
Georg: Pergunta-lhe!
Tom: Não posso dizer mais. Tudo tem de permanecer em segredo... [risos de toda a gente]
Vamos voltar às perguntas das fãs. Em entrevistas que dão á imprensa, não gostariam de falar menos sobre vocês e mais sobre a vossa música?
Bill: Claro, às vezes ficamos um bocado aborrecidos a responder a perguntas como: "Ainda estão solteiros? Já beijaram alguma fã? Qual foi a última vez que fizeram sexo?..." Eu percebo que as pessoas nos façam estas perguntas, porque os fãs querem saber estas coisas. Claro que a música continua ser o mais importante, mas eu sei que não é a única coisa importante para os fãs. Até eu, quando leio entrevistas a bandas que gosto, gostaria de saber mais sobre a personalidade dos músicos. Adoro saber quem são, como chegaram lá, como se entendem na banda e, porque não, como se entendem com os fãs e a sua vida privada. É por isso que continuo a responder a perguntas que não têm qualquer ligação à música, mesmo que algumas vezes esteja mesmo farto de as responder.
Incomoda-vos que os fãs estejam sempre a perseguir-vos e à espera em qualquer lugar que vão?
Tom: Sinceramente, a maioria das vezes, quando vamos a algum sítio e dúzias de fãs estão à nossa espera, ficamos muito contentes. Claro, que algumas vezes há tantas pessoas que a situação é difícil de controlar, mas normalmente tudo corre bem. No entanto, é verdade que
o comportamento de alguns fãs cresce em nós. O que nos choca mais é o comportamento violento de alguns grupos de fãs. Está-se a tornar pior que no futebol e, sinceramente, sentimo-nos mal por isso. Estamos aqui para fazer música e entreter as pessoas. Não para bater uns nos outros.
E o que pensam das pessoas que são capazes de dormir lá fora antes do concerto para guardar o lugar na primeira fila?
Bill: Claro que quando se torna perigoso ou quando estes fãs inventam desculpas malucas aos pais para não irem dormir a casa, é um bocado problemático. Eu também era um fã, e sei o que é esperar oito horas lá fora, à chuva, para estar na primeira fila de um concerto. Fi-lo pela Nena e não me arrependo. Os que nunca foram fãs não conseguem compreender que esses momentos também são uma espécie de prazer. Às vezes dizemos que quando amas não importa, e acho que as fãs nunca se importam. Finalmente, a coisa mais incrível é que eles fazem isso por nós. Se me contasses isto há dois anos, nunca acreditaria.
Vamos acabar com uma pergunta um bocado mais sem importância... Bill, qual é o segredo do teu corte de cabelo?
Bill: Está tudo na escolha da laca! [ri] Não quero fazer publicidade, mas a que eu uso é óptima! Mesmo que demore 30 minutes cada manhã, quando está pronto, dura o dia inteiro...
Georg: O segredo do cabelo do Bill, é que ele tem simplesmente cabelo sujo! [ri]
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