"A voz do Bill tornou-se mais profunda"

17 Fevereiro 2007


Os Tokio Hotel lançam o seu segundo álbum Zimmer 483. Em Março os quatro jovens músicos rock vão a Madgeburg para uma grande tournee europeia. Nenhuma outra banda alemã tem hoje em dia um sucesso comparável. Com o novo recorde querem ainda ir mais longe.

"Sobre o fim do mundo" e talvez ainda mais. O título do primeiro single número um do novo álbum dos Tokio Hotel consegue ser entendido como uma régua. Para os quatro rapazes aplica-se, com o novo recorde do álbum de estreia Schrei serem reconhecidos como uma banda rock séria.

Quão alta é a pressão do sucesso?
Bill: Não fizemos qualquer pressão em nós desde o princípio e fomos calmamente com a coisa. Nenhuma data foi publicada fixamente muito consciente, nós queríamos produzir o álbum primeiro e acabá-lo, até toda a gente ficar contente com ele.

O álbum chama-se Zimmer 483. Porquê esse número?
Bill: É o número de uma finca em Espanha, onde nós estivemos o último ano, de férias e para compôr novas músicas.
Tom: No entanto,no final foi só para escrever músicas.
Georg: Quando voltámos de novo, toda a gente perguntou porque é que não estávamos bronzeados. Musicalmente o álbum soa todo junto, mais rock e mais pesado. As músicas têm muita guitarra. De qualquer modo são mais sombrias e melancólicas, os textos são pessimistas.
Bill: A impressão fica rapidamente. Mas ouvida pela segunda vez repara-se que tem uma mensagem positiva. Por exemplo Depois do fim do Mundo conta o tempo bom que tivemos no último ano, e queremos motivar os outros a se divertirem também.
Tom: A canção deve encorajar. O facto de soar mais sombrio é também porque a voz do Bill se tornou mais grave em comparação com o primeiro álbum.

Sobre que temas cantam e quem querem encorajar?

Bill: Pelo facto de nos ter corrido tudo bem, de uma maneira percebemos que há muitas pessoas em que esse não é o caso. Por exemplo recebemos correio onde os fãs se queixavam das suas mágoas. O facto dos seus pais se terem separado ou assim. Também nos diziam que as nossas músicas os ajudavam a ultrapassar isso.

O que é mais irritante no sucesso?
Bill: Paparazzi. Irritam extremamente.
Tom: Não podemos ir mais normalmente ao padeiro.

Quanto tempo sobra ainda só para vocês próprios?

Bill: Muito pouco. Mas quando alguém já não pode mais e precisa de uma pausa, não há problema. Então vamos mais uns dois dias para casa. Não temos vontade, qualquer altura já não temos forças.

Forças também são precisas para a graduação. Georg e o Gustav já têm uma. Bill e Tom, como vai com vocês?
Tom: Muito devagar. Escola já é ela própria um emprego a tempo inteiro. E a música ainda mais.
Bill: Não resta quase nenhum tempo.
Georg: Eu admiro o Tom e o Bill que à noite ainda se sentam e fazem o que têm a fazer para a escola.

Como funciona a escola se vocês estão sempre na estrada?
Bill: É como um curso em correspondência. Recebemos tarefas pelo correio ou internet. Temos de resolvê-los e depois mandar outra vez.

Têm portanto esperança de fazer a graduação?
Bill: Sim. Não temos garantia que vamos durar para sempre com a música. Lá é bom se cair para trás.

Bill e Tom, é mostrado que são gémeos absolutamente contraditórios. São realmente assim tão diferentes?
Bill: Provavelmete temos mais em comum que de diferente.
Tom: Os nossos pensamentos e sonhos são muitas vezes os mesmos. Pelo carácter somos muito parecidos.

Por fora nada mesmo. O que vos diferencia?
Tom: Temos um gosto musical completamente diferente. Eu prefiro HipHop. O Bill música rock. Também não temos o mesmo gosto por raparigas.
Bill: Oh. Foram muitas vezes do mesmo género.
Tom: Mas nunca houve discussões. O Bill também nunca ficou zangado quando eu tinha uma rapariga.

O que vos faz ter tanto sucesso?
Bill: Acho que está na nossa idade. Somos exactamente da mesma idade que as nossas fãs.

Sucesso cria inveja e troça. Como lidam com a crítica.
Bill: A banda existe há sete anos. Mesmo nessa altura, quando nós tocávamos em pequenos clubes e nos chamávamos Devilish, as pessoas achavam-nos bons ou maus. Somos simplesmente como somos. Recentemente estivemos na capa duma revista satírica. Nós achámos isso fixe.

Como é um dia na vida dos Tokio Hotel?
Bill: Hoje começou às 8.30h. Para nós isso é horrível. Somos uns completos dorminhocos. E depois andar às voltas o dia todo. Espectáculos, entrevistas, muitos vôos, andar muito de carro. Às vezes estamos num dia em três cidades.

Em Março começa para vocês uma grande tournée pela Europa. A vossa popularidade cresce constantemente. Onde ainda vão?
Tom: Ainda iremos mais para fora. No entanto, primeiro conta levar a tour com sucesso para o palco.

Onde fica o tempo, Bill, para ir cada dia ao cabeleireiro? Isso dura muito tempo?
Georg: Não parece em todo o caso, se precisa de muito tempo.
Bill: Mais ou menos meia hora.
Georg: Eu preciso mais tempo no banho.

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