No dia 13 de Março, a 1000 Hotels European Tour parou no Zenith de Montpellier (França). Uma história de um dia muito especial com o Bill e Companhia; a penúltima de uma tour interrompida pouco depois de ter começado.
Esta quinta-feira, faz uma semana que os Tokio Hotel entraram em território Francês, com a 1000 Hotels European Tour. De momento, está tudo bem. As viagens para Alsace, para Luxemburgo, os dois concertos em Paris e a data do dia preliminar em Dijon passaram a correr. Claro, os rapazes estão nervosos: o stress dos concertos, a rapidez das visitas de promoção e andar de autocarro dias seguidos, cansa o corpo, mesmo sendo jovens e vigorosos.
Contudo, estes são quarto rapazes que parecem estar em boa forma, são 15h00 e o tempo é respeitado ao minuto. Como esperado, o seu tourbus acaba de entrar em Grammont, onde se encontra o Zenith de Montpellier. Perto dos seus autocarros, entre dois semi-trailers, o Bill, Tom, o Georg e o Gustav chegam naturalmente e cumprimentam-me, tal como fizeram durante a nossa primeira entrevista. Aperto de mão firme e efusivo (eles são rockers Alemães), excepto para o Georg que admite (numa mistura de Inglês e Francês) estar doente e que é melhor evitar qualquer contacto físico. O baixista está, obviamente, muito embaraçado; ele sabe que vai tocar com toda a energia que lhe sobra. Isto torna-se evidente mais tarde, durante a entrevista onde o rapaz está inesperadamente quieto. Comparado com ele, o Tom aguarda impacientemente pela hora da nossa entrevista; talvez ele tenha, entre dois copos de sumo de laranja, algumas constatações sobre a sexualidade do seu irmão, relevações a serem feitas sobre o Gustav, a propósito dos boatos mais absurdos. Em particular, aquele em que ele possivelmente deixaria a banda, depois do concerto no Parc des Princes, no dia 21 de Junho. Informação ou boato?
Às 15h40 entramos num dos dois autocarros dos rapazes. O primeiro é estritamente privado e o segundo é mais dedicado a entrevistas e sessões de fotos. Nós temos vinte minutos que devemos usar com total capacidade porque temos dúzias de perguntas - as vossas.
Vocês têm se surpreendido pela calorosa recepção dos fãs Franceses nestas primeiras quatro datas da tour, especialmente durante o primeiro em Bercy onde toda a gente acenou com a palavra “Danke” num momento específico do espectáculo?
Tom: Bercy foi realmente um dos melhores momentos das nossas vidas. Especialmente quando vimos todos os cartazes com “Danke”, levantados ao mesmo tempo. Foi o melhor presente que um público pode oferecer à sua banda. Foi mesmo WOW!
Bill: Obviamente, quando actuas duas vezes em frente a mais de 17 000 pessoas, ficas nervoso. A tensão aumenta e quando vês este tipo de reacção do público, todas estas provas de carinho, isso só te pode encorajar, estimula o concerto e faz-te sentir melhor.
Georg: Agradecerem-nos desta forma toca-te no coração, encoraja-te e dá-te ainda mais força para o resto do concerto.
Bill: Francamente, quando vês o que nos acontece em França, é inacreditável. Quem teria pensado que apenas há alguns meses nós não éramos tão conhecidos e que actuámos no Trabendo, em Paris.
Vocês tocaram “Geh” pela primeira vez em palco, nesta tour. Foi essa a surpresa que prepararam para o público Francês?
Bill: Nós estávamos contentes por isso ter sido tomado como uma surpresa pelos fãs Franceses, porque era mesmo isso que queríamos. Esta música está no lado B do single “An Deiner Seite (Ich Bin da)” e estávamos ansiosos por incluí-la na nossa lista de concerto. É uma música muito importante para nós. A letra é muito emotiva porque evoca o momento quando terminas a relação com a pessoa amada. Fala de coisas que podes fazer ou dizer, palavras que não consegues encontrar, um pequeno desconforto relacionado com estes momentos delicados onde não consegues controlar nada. É sempre difícil deixar alguém porque há sempre sentimentos que permanecem; o sentimento de culpa aparece mesmo quando tu sabes que é o teu coração a falar. Pessoalmente, é-me sempre difícil partir, sentir quando chega o momento certo para a separação. Nunca é fácil lidar com os nossos próprios desejos, os nossos sentimentos e agir de acordo com os nossos pensamentos. É uma música sobre a transição para agir; por vezes temos que tomar esta decisão porque é a única solução possível se se considera que em matéria de amor devemos apenas seguir o nosso coração.
No segundo concerto em Bercy, vocês receberam um enorme disco de diamante da vossa gravadora. Ainda se sentem susceptíveis a este tipo de recompensas?
Bill: Sim, é muito importante para nós recebermos tais recompensas. É como todos os prémios que conseguimos ganhar este ano. É uma grande honra. Como diz o Tom, “estas são as coisas que permanecem”.
Tom: Eu disse isso? [ri] Não, a sério, nós não fazemos música para termos boas notas ou receber troféus para decorar as nossas casas, mas quando os recebemos, guardamo-los com prazer!
Georg: Particularmente este é o único disco de diamante que recebemos aqui! E depois, quem vende discos/CDs nos dias de hoje? Apenas algumas bandas o conseguem, por isso gostamos de fazer parte desse pequeno círculo de “bandas que vendem discos”.
Recentemente, lemos na internet o insistente rumor de que o Gustav possivelmente deixaria a banda logo após o concerto no Parc des Princes. Porque dizem isto?
Bill: Oh, mais um rumor! De onde sera que vem? Só Deus sabe… Sabes, no Natal, era o Georg que nos ia abandonar e ele ainda continua connosco.
Georg: Não acredites em tudo o que escrevem sobre nós e não o podemos controlar. Eu não sei o que é preciso fazer para certos rumores desaparecerem da mesma maneira que são inventados…
Tom: Sabes, não é por causa de, às vezes, veres apenas dois ou três de nós que a banda se vai separar de um dos membros. Os nossos fãs devem pensar que vivemos juntos a toda a hora, que vivemos as mesmas coisas, mas não é esse o caso.
Claro que, damos as nossas entrevistas juntos, vamos para as sessões de fotos juntos, mas isto faz parte apenas das nossas vidas como músicos.
Porque é que remarcaram a data no espectáculo no Parc des Princes?
Bill: De facto, nós queríamos estar presentes para todos os nossos fãs que não poderiam ir no dia inicial devido a exames escolares. Primeiro perguntámo-nos se era tecnicamente possível adiar o concerto para o dia seguinte e se, acima de tudo, poderíamos tocar. Depois de verificarmos, vimos que sim. Não houve hesitações, todos ficaram satisfeitos. Eu espero que aqueles que não poderiam ir no dia 20, o possam fazer no dia 21, porque nós queremos muito que seja um grande espectáculo e uma festa para todos os que gostam de nós e nos acompanham desde o início. Estamos à vossa espera!
Bill: De facto, nós queríamos estar presentes para todos os nossos fãs que não poderiam ir no dia inicial devido a exames escolares. Primeiro perguntámo-nos se era tecnicamente possível adiar o concerto para o dia seguinte e se, acima de tudo, poderíamos tocar. Depois de verificarmos, vimos que sim. Não houve hesitações, todos ficaram satisfeitos. Eu espero que aqueles que não poderiam ir no dia 20, o possam fazer no dia 21, porque nós queremos muito que seja um grande espectáculo e uma festa para todos os que gostam de nós e nos acompanham desde o início. Estamos à vossa espera!
Uma tour Americana com o máximo sucesso!
Contrariamente ao que se tem dito e escrito nos meios de comunicação, os primeiros dois concertos dos TH do outro lado do Atlântico foram um estrondoso sucesso. Então, prontos para a ascensão na América?
“Com excepção do Georg que teve alguns problemas com o seu baixo a meio de um concerto, os nossos concertos nos EUA e Canada correram muito bem. Os locais esgotaram e o público sabia as nossas músicas, tal como na Europa. Não sentimos nenhuma particular diferença”, admite Bill Kaulitz, com um piscar de olhos para o baixista, que acena com a cabeça concordando. “Nós não tivemos tempo de aproveitar mais a nossa estadia, porque devido a tempestades de neve, alguns dos nossos voos foram cancelados e tivemos que esperar nos aeroportos, principalmente em Toronto.” Aparentemente, o continente Americano não assusta os Tokio Hotel para além disso. “É claro que, a América é enorme, e é difícil ir a todos os sítios. Mas tirando isso, a nossa estratégia é a mesma. Pôr o nosso nome no mapa em todos os lugares que vamos, tocar em qualquer lugar possível e, de preferência, em cada vez maiores espaços,” diz o Bill, fascinado pelos EUA tal como Ribéry pela Bundesliga. “Hollywood e Nova Iorque são cidades impressionantes. Sentes que é lá que tudo se passa,” diz o Tom, com os olhos a brilhar como estrelas. “Num dos dias em Nova Iorque, saímos um pouco e fomos às compras. Não temos esse tempo ou descontracção para o fazer na Europa quando estamos em tour. Estamos ansiosos por voltar,” diz o seu irmão.
“Com excepção do Georg que teve alguns problemas com o seu baixo a meio de um concerto, os nossos concertos nos EUA e Canada correram muito bem. Os locais esgotaram e o público sabia as nossas músicas, tal como na Europa. Não sentimos nenhuma particular diferença”, admite Bill Kaulitz, com um piscar de olhos para o baixista, que acena com a cabeça concordando. “Nós não tivemos tempo de aproveitar mais a nossa estadia, porque devido a tempestades de neve, alguns dos nossos voos foram cancelados e tivemos que esperar nos aeroportos, principalmente em Toronto.” Aparentemente, o continente Americano não assusta os Tokio Hotel para além disso. “É claro que, a América é enorme, e é difícil ir a todos os sítios. Mas tirando isso, a nossa estratégia é a mesma. Pôr o nosso nome no mapa em todos os lugares que vamos, tocar em qualquer lugar possível e, de preferência, em cada vez maiores espaços,” diz o Bill, fascinado pelos EUA tal como Ribéry pela Bundesliga. “Hollywood e Nova Iorque são cidades impressionantes. Sentes que é lá que tudo se passa,” diz o Tom, com os olhos a brilhar como estrelas. “Num dos dias em Nova Iorque, saímos um pouco e fomos às compras. Não temos esse tempo ou descontracção para o fazer na Europa quando estamos em tour. Estamos ansiosos por voltar,” diz o seu irmão.
Tradução: Heinz
Fonte: revista Rock One nr42
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