"Na escola vestíamo-nos assim"

Os alemães tocaram no Rock in Rio Madrid perante milhares de fãs.
20minutos.es falou com eles horas antes no “backstage”
Bill assegura que está recuperado da sua operação à garganta.

De perto ainda são mais curiosos, sobretudo o vocalista do grupo, Bill. Os rapazes dos Tokio Hotel partilharam uns minutos com a imprensa antes da sua actuação no Rock in Rio Madrid. Tranquilos mas expectantes, como o público do festival, os alemães mostraram-se encantados por estar em Espanha pela primeira vez.
São um fenómeno de fãs que arrasta milhares de seguidores, quase todas femininas, para onde que vão. Bill, com toneladas de laca no cabelo e manicure francesa, tem um estética emo que define muito bem o estilo da banda. O seu irmão gémeo contenta-se com as rastas. São mais faladores. Georg e Gustav cedem-lhes o protagonismo.

O lema do Rock in Rio é Por um mundo melhor, fazem alguma coisa para o pôr em prática?
Bill: É uma pergunta um bocado difícil porque há muitas coisas que se podem fazer para melhorar o mundo. Um festival assim é o primeiro passo.

Que opinião têm dos fãs espanhóis?
Bill: Estamos muito contentes com eles. O concerto de Barcelona na Quarta-feira foi muito bonito, e aqui em Madrid haviam fãs que tinham estado horas à espera para nos ver. Faz-nos muito ilusão, há um feedback muito bom.

Sentem-se tontos quando pensam na vossa fulgurante carreira?
Bill: houve momentos muito importantes nela, temos tido muita sorte. Mas precisámos de tempo para digeri-lo, porque nem tudo o que se passa connosco é normal. Por exemplo, tocar aqui, é muito especial para nós.

Vestem-se assim diariamente?
Tom: Nós gostávamos, mas não podemos. Na escola íamos assim, mas agora seria pouco relaxante sair assim à rua, queremos passar despercebidos.

Como estás depois da operação, Bill?
Bill: Agora está tudo como antes e estou muito contente. Esse era o objectivo da operação. Foi um momento especialmente baixo na nossa carreira e também a nível pessoal, fiquei muito tocado. Para um vocalista assusta muito que te operem as cordas vocais.

O que acham do facto de estarem constantemente a viajar?
Bill: Podemo-nos considerar um viciados em trabalho, fizemos isso durante três anos, quase sem parar. Tiramos férias um vez por ano, duas semanas, mas é o que queríamos, o que gostamos de fazer.
Tom: Somos nós que decidimos a nossa agenda, onde e como actuamos. Há momentos em que não podemos mais e que não sabes em que cidade acordas, mas isso tudo faz-nos felizes.

Têm dinheiro, fama, mulheres, o que vos falta?
Bill: (ri-se) Das coisas que disseste ainda faltam algumas… Somos sobrestimados, as pessoas pensam que somos pequenos milionários, e para além disso somos todos solteiros. Mas ainda temos os nossos sonhos. O êxito engana, é como uma droga e queres sempre mais, mas também tens de ter alguma auto-exigência.

Têm consciência que o vosso fenómeno fã pode desaparecer um dia?
Bill: Claro. Mas nós começámos quando éramos desconhecidos, quando ainda só haviam cinco pessoas a ouvir-nos, por isso apreciamos e estamos conscientes do que temos. Esperamos que dure, porque podem sempre vir outros tempos. Mas isso é também um incentivo para continuar.

Um resultado para o final do Euro?
Gustav: 3-2 a favor da Alemanha.
Bill: Não somos muito ligados aos futebol, mas desejamos sorte à Alemanha, e não vamos poder assistir ao jogo porque vamos estar a tocar em Lisboa à mesma hora. Assim, aqueles que não gostam de futebol, que nos venham ver.


Tradução: Pipa

Fonte:
20minutos.es

1 comentário:

Anónimo disse...

ahaha pois tavam aqi em Portugal :D
infelizmente a Alemanha perdeu , tadinhs .