Entrevista ao David Jost



Der Starmacher

Talento, trabalho árduo ou sorte - o que é preciso para se ter sucesso? O produtor dos Tokio Hotel, David Jost, tem a resposta!

Ele é produtor, escritor e manager dos Tokio Hotel. David Jost descobriu a banda de Magdeburgo, "construíu-os" e levou-os aos sucesso internacional. O criativo de Hamburgo é o workaholic (viciado no trabalho) com uma agenda sempre preenchida. Apesar disso, com 35 anos, encontrou tempo para uma entrevista exclusiva da yam! e revelou o que é preciso para se ter sucesso como uma estrela nesta grande jornada e porque é que a vontade de querer mais, pode ser mais importante que o talento...

O que é preciso para se ser uma estrela?
David Jost: Potencial! A maioria das pessoas tem de ter potencial emocional e também uma enorme vontade. Se um artista tem para oferecer muito de ambos, muito provavelmente irá ter sucesso.

É possível ter-se sucesso com apenas um desses dois aspectos?
DJ: Sim, se esse estiver bem desenvolvido. Se alguém tem talento mas não tem o poder de vontade, precisa de ter sorte e encontrar a pessoa certa para o levar ao sucesso. Também funciona ao contrário. Alguém com um talento moderado mas um enorme poder de vontade e inteligência pode, também, ter sucesso.

Alguns exemplos disso?
DJ: Madonna! Ela não é uma cantora extraordinária, mas é inteligente. Por mais de 20 ela tem sido uma das artistas no topo em todo o mundo. Isto não é sorte, ninguém tem sorte por um período tão longo de tempo. Ela não dá hipótese. Contudo, ela actua em palco, é uma das maiores artistas no mundo da música, uma dessas pessoas que puxa as rédeas.

Que mais é preciso para se ter sucesso, e manter-se dessa maneira?
DJ: Um atributo que está também relacionado com o poder de vontade é a prontidão para se fazer sacrifícios, a fim de se atingir os objectivos pretendidos. Para um grande e de longa duração sucesso tu tens sempre que fazer sacrifícios. Isto não se aplica só ao mundo da música. Uma pessoa tem de ter muita sorte e muito talento para ter sucesso sem sacrifícios.

Como é que reconheces um talento?
DJ: Não há uma regra geral para isso. A maioria das vezes tu consegues sentir o talento. Eu, geralmente, confio nas minhas intuições.

E o que é que a tua intuição te disse, quando viste os Tokio Hotel pela primeira vez?
DJ: Eu fiquei totalmente maluco (ri). Atingiu-me de forma inesperada. Nessa altura eu estava disposto a fazer qualquer coisa, mas com uma banda apenas. Mas todos os outros planos foram esquecidos quando ouvi e vi os rapazes pela primeira vez. O Bill tinha 13 anos e mostrou a mim e aos meus parceiros os demos da banda, que tinham gravado no seu pequeno estúdio em Magdeburgo. Depois de os rapazes saírem eu não conseguia deixar de gritar "Sim!" e "em cheio!" (ri em tom de brincadeira)

Já sabias que os TH iriam ter sucesso internacional?
DJ: Não, claro que não. Eu tinha 100% certeza que eles seriam um mega-sucesso na Alemanha. Aposto todo o mundo da música nisso. Mas teria sido muito arrogante assumir de início que eles seriam uma tendência internacional.

Qual é a receita dos Tokio Hotel para o sucesso?
DJ: Todo o mundo da música está cheio de artistas que só têm sucesso porque alguém está constantemente a dizer-lhes o que fazer, para se evitarem erros. Uma das razões que fazem os TH terem tanto sucesso, é que eles são exactamente o oposto.

Até que ponto?
DJ: Dizer ao Bill o que fazer, contra a sua vontade - o que, a propósito, seria impossível - iria fazê-lo perder grande parte dele próprio. O Bill tem total confiança naquilo que faz - estar apto a ser tão bom como ele consegue ser. Já quando era mais novo ele sabia exactamente o que queria, e mais ainda o que ele não queria. As pessoas podem senti-lo. O Bill acumula muitos extremos sentimentais. Raramente encontras um líder como ele na Alemanha. O potencial estrela da banda é enorme. Mesmo que eu não tivesse cérebro, teria sido impossível desperdiçá-los (ri).

Escritor de letras ou Manager - qual é o mais divertido?
DJ: É claro que escrever letras é mais divertido. Mas ser manager é também criativo e diverso. Eu tenho muita sorte por estar apto a trabalhar para uma banda na qual acredito e que me dá novidades todos os dias. Não conseguia fazer o meu trabalho sem isso.

Tu e os Tokio Hotel já estão a trabalhar no terceiro álbum?
DJ: Já começámos a escrever as letras. Neste momento, o Bill está muito criativo e tem, constantemente, novas ideias para músicas.

Qual é a melhor música que alguma vez escreveste?
DJ: Ainda não escrevi nenhuma. A minha melhor música ainda está para vir (ri) !


Tradução: Heinz

Fonte: Fanclub Oficial USA - revista yam! (online)

1 comentário:

Anónimo disse...

Ele deve-se dar mesmo bem com os "nossos" rapazes...ele parece trabalhar de uma maneira fixe :D

TH para sempre ;)