02.10.2014 - Conferência de Imprensa; Berlim, Alemanha // Vídeos + tradução #2


Tradução dos vídeos: vídeo 1 | vídeo 2 | vídeo 3 | vídeo 4


Mulher: Senhoras e senhores, a razão da vossa presença aqui hoje vem aí: eles são os Tokio Hotel!

É bom que tenham regressado à Europa. Vocês têm feito muitas coisas nos últimos anos. É um regresso à Alemanha ou vão voltar aos EUA depois?

Bill: Aquilo que temos planeado é primeiro a Alemanha, depois vamos a França, Itália e depois regressamos a L.A.
Jornalistas: Não há som, não se consegue ouvir nada!
Bill: Acho que tenho de aproximar mais o microfone.... Decidimos começar aqui, mas depois voltamos a L.A.

Podes repetir a resposta?
Bill: Então, vamos começar na Alemanha com as primeiras datas. Temos feito algumas coisas nos EUA. Depois da Alemanha, vamos a França, depois a Itália e depois regressamos a LA, antes de irmos à América do Sul.
Fã: E à Turquia!
Tom: E à Turquia, sim!

No sábado, vão estar no programa "Wetten, dass...?". O que é que esperam?
Bill: Esta é a terceira vez que somos convidados para o programa. Estamos ansiosos para irmos lá, uma vez que já não temos muito tempo [o programa vai acabar agora no fim do ano]. Estamos felizes por regressar lá.
Tom: E a Megan Fox vai estar lá, por isso vai ser óptimo.
Bill: Sim, vamos apresentar o nosso novo single "Love Who Loves You Back".

Bem-vindos à Alemanha! A minha primeira pergunta é sobre como é que vocês se estão a sentir. Estão entusiasmados com o regresso, o que é que esperam? Acham que vão conseguir voltar ao sucesso do passado? Isso é importante para vocês?
Bill: Para ser honesto, não sentimos que isto seja um regresso. É verdade que não fizemos nada durante algum tempo, mas a banda não se separou. Apenas fizemos uma pausa para fazer este álbum. Mas claro que estamos entusiasmados. Trabalhámos durante tanto tempo e quando estamos em estúdio por muito tempo, é sempre entusiasmante finalmente partilhar o que fizemos com o mundo. Tudo está ainda muito em segredo. A nossa editora discográfica só teve a oportunidade de ouvir as nossas músicas duas semanas antes de anunciarmos a data de lançamento. Por isso tornar isto público e partilhar isto com o mundo é muito entusiasmante, como é evidente. E claro que estamos um pouco nervosos.
Tom: Para dizer a verdade, ainda agora viemos dos ensaios ao vivo. O Georg e o Gustav ainda estão um pouco enferrujados, ainda precisam de trabalhar mais um pouco.

O que é que esperam dos vossos fãs? O seu comportamento foi um dos motivos para se irem embora. Qual é que é a vossa relação com eles agora?
Bill: A nossa relação com os fãs é muito boa. Apreciamos o contínuo apoio deles. Eles têm andado à nossa espera. Não é algo que se possa dar por garantido, quando não fizemos nada durante tanto tempo, e as pessoas ainda continuam presentes. Estamos ansiosos por receber o feedback do nosso trabalho. Estamos mesmo muito surpreendidos porque nunca pensámos que houvesse tanta gente à nossa espera. Estamos muito felizes!

Em que é que pensaram quando fizeram este vídeo demasiado explícito sexualmente para a "Girl Got a Gun"? Com o urso azul... ou com um elefante ou o que era aquilo com a tromba no sítio errado... 
Tom: Era o Toko, a nossa nova mascote. Gostaríamos de o ter aqui connosco, mas ele ficou preso na alfândega e não pôde vir. Para dizer a verdade, só nos apercebemos do seu pénis muito mais tarde. No vídeo, nem se levanta muito a questão do pénis, é mais a questão da arte em si. Contrariamente, acho a capa da "Love who loves you back" muito engraçada. Devo ser o único.
Bill: Para ser honesto, nem temos de todo... Nem esperava dizer isto, mas o peluche foi colocado no videoclip para dar algum divertimento. Há muitos aspectos neste vídeo que gostamos, como por exemplo, a técnica, a montagem, que são coisas que nunca antes tínhamos feito. Também gostámos do realizador. Foi a primeira vez que trabalhámos com ele. Por isso, o peluche nem sequer foi a escolha mais importante.

E no que diz respeito às orgias na "Love Who Loves You Back"?
Bill: Sim, já há algum tempo que queríamos fazer um vídeo assim. Sou um grande fã do filme "O Perfume", acho que é um óptimo filme. E há que tempos que queríamos fazer algo assim. Aliás, já éramos para ter feito no último álbum. Em vez de fazermos perfume, fizemos a nossa música que desencadeia essa orgia nas pessoas. Já há muito tempo que queria fazer algo assim, mas nunca tivemos oportunidade e agora com esta música pareceu-nos apropriado, pelo que acabámos por o fazer.

Passaram cinco anos que estiveram ausentes e agora vocês tornaram-se mais adultos. Relativamente à capa com o rato do computador, quem é que teve a ideia?
Tom: Eu.
Jornalista: As outras pessoas devem estar agora cheias de inveja por não terem tido esta ideia antes. Achei-a genial.

Como é que te sentiste no que diz respeito a teres curtido com várias pessoas?
Tom: Foi muito agradável, não foi?
Bill: Estava extremamente nervoso. Quando me encontrei com o realizador, expliquei-lhe a minha ideia, aquilo que queria fazer. Ele depois escreveu um guião, só que primeiro eu não estava envolvido nessas cenas. Apenas tinha que andar lá pelo meio e cantar. E eu disse-lhe que não, que queria participar em tudo, porque assim não tinha piada. Eu canto "ama quem te ama", logo, se eu não retribuísse o amor que recebia, não seria fixe, não fazia sentido. Por isso disse-lhe que queria mesmo participar e que não tinha qualquer tipo de inibição, que não seria sequer um problema para mim fazê-lo. Na véspera das gravações, obviamente que estava nervoso porque nunca antes tinha feito algo deste género. Mas os actores foram muito simpáticos, muito profissionais. Até mesmo a primeira actriz que levou demasiado longe a língua e que fiquei com a cara cheia de batom... Mas depressa te habituas. Não foi assim nada de muito sexual e de íntimo. Quando se faz isto em frente à câmara, o desconforto rapidamente desaparece.

Vocês construíram uma vida em Los Angeles. Ainda se sentem como os rapazes de Magdeburgo? E vêm muitas vezes à Alemanha?
Tom: Como rapazes de Magdeburgo é difícil de dizer. Nunca me senti como sendo de Magdeburgo. Mas, acima de tudo, sentimo-nos como sendo alemães. Claro que ainda estamos muito apegados à Alemanha, mesmo estando em LA. Falamos alemão, sentimos falta da comida alemã, da auto-estrada alemã, de todas essas coisas. Às vezes voltamos aqui, também produzimos uma parte do álbum aqui nos estúdios de Hamburgo, que foi onde conhecemos o Georg e o Gustav, escrevemos músicas aqui, etc. A nossa relação com a Alemanha ainda está presente. Mas, agora que tudo vai começar outra vez e que vamos em tour, já não interessa onde é que vivemos porque vamos estar a maior parte do tempo na estrada.

A vossa estética no vídeo da "Girl Got a Gun" é um autêntico "lixo", tenho mesmo que o dizer. Inspiraram-se na Miley Cyrus? 
Tom: A Katy Perry é lixo mas noutro sentido...
Bill: Conhecemos um produtor que tem um estilo muito próprio para estes vídeos. E pensei que fosse uma boa ideia porque esta música é muito funky e tem um bom ritmo, pelo que pensei que fosse bom ter um vídeo um pouco fora do comum. Tive a ideia dos drag queens e depois ele arranjou os fatos. Foi um trabalho de equipa. Pensámos em fazer algo de novo e de interessante. Acho que ficou um vídeo muito fixe! Fiquei muito surpreendido com aquilo que as pessoas acharam... Pessoalmente, acho que é um vídeo muito fixe e original e que combina com a música. Estou muito feliz! 

Já algum de vocês esteve envolvido em coisas de drag queens para terem tido essa ideia?
Bill: Não, não de todo. A letra da música até pode ser interpretada de diferentes formas. "Girl Got a Gun" [rapariga com uma arma]... foi por isso que pensei em termos uma mulher e uma mulher com "uma arma"...
Jornalista: Bem, acho muito fixe. Tenho uma última pergunta: posso tirar uma selfie com vocês no final?
Tom: Sim, claro. 

Tenho uma questão a propósito da "Love Who Loves You Back": a bissexualidade implícita no vídeo é puramente artística ou querem revelar alguma coisa neste sentido?
Bill: A música também se encaixa nesse tema. Queria mostrar que o amor e o carinho não tem barreiras. E mostrar todos os aspectos do amor. Até houve um homem mais velho a beijar uma rapariga mais nova. Ele até se divertiu. 
Tom: Mas foi tudo dentro dos parâmetros legais!
Bill: Sim, foi tudo legal. Mas a ideia do vídeo foi aquilo que quis desde o início. Desde o início que queria incluir casais homossexuais, pessoas velhas e novas, pessoas mais fortes... todos misturados uns com os outros. Para mim, foi importante que esta ideia tivesse acabado por se concretizar. É disso que falamos na música, é isso que penso e por isso é que fizemos isto.

Disseram num vídeo que queriam trazer a vossa música ao centro das atenções com este álbum. Mas vocês mostram muitas festas, álcool, noitadas... Isto era mesmo necessário?
Bill: No que diz respeito às festas, já explicámos como é que este álbum apareceu. Foi assim que ele foi feito. Nós estávamos muito "selvagens" e é por isso que o álbum ficou muito electrónico. Isto é para dar um contexto de como é que as músicas apareceram, de onde é que vem o novo som, porque é isto nos inspirou. Saímos imenso. Desfrutei imenso da minha liberdade nos EUA. Saímos imenso, fomos a festivais de música...
Tom: A música e o álcool combinam muitas vezes...
Bill: Acho que o teu microfone está a falhar.
Tom: Sim, de que é que feito esta treta?
Bill: Toma este.
Tom: Será que posso ter um microfone decente aqui?
Bill: Gravámos muito durante a noite. Tínhamos um ritmo muito instável. Normalmente, levantávamo-nos às 6h-7h e depois dormíamos durante o dia. Depois de sairmos, à noite, quando regressávamos a casa... tínhamos um estúdio em casa e gravámos lá muitas coisas nestes momentos de liberdade, quando vínhamos da noite. Isto não é para causar polémica com as saídas à noite, é só para vocês terem uma ideia de como é que surgiu este novo som.

Tradução (do francês): CFTH

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