08.10.2014 - Antenne 1 Alemanha - Nova entrevista áudio com os TH


Muitos fãs têm andado ansiosamente à espera deste dia: Tokio Hotel, a banda fundada em 2005 e composta pelos gémeos Bill e Tom Kaulitz e Georg e Gustav, lançaram o seu novo álbum "Kings Of Suburbia"! Após aparecem no "Wetten,dass...?", os rapazes juntaram-se a nós para uma entrevista feita à noite para responderem às nossas perguntas.




Durante a entrevista, os Tokio Hotel contaram-nos porque é que foram para Los Angeles em finais de 2010 e como é que eles encontraram a inspiração. Não se resume apenas a isto, mas também estão a planear uma série de concertos para o próximo ano e esperam conseguir dar um concerto em Schwabenland.

Aqui podem outra vez ouvir o que é que o Bill Kaulitz tem para nos dizer na entrevista.

Voz feminina: Esta é a nossa conversa nocturna com Jens Meßmann.

Jens: Que boa e prazerosa noite. Os Tokio Hotel estão outra vez de volta com o "Wetten, dass...?" no domingo e com o "Circus HalliGalli" na segunda-feira. Mas, hoje, eles estão ao telefone comigo. Bill e Tom Kaulitz, contem-me, vocês os dois estiveram muito tempo nos EUA e foram para lá com a intenção de darem uma nova vida à banda. Como é que correu?
Bill: Penso que fomos bem sucedidos. Quero dizer, estamos muito contentes com o álbum. Claro que, caso contrário, nem sequer o tínhamos lançado. Sim, estamos muito felizes com os resultados e com o feedback. Sem dúvida que foi o melhor para nós no que diz respeito à criatividade e à nossa privacidade.
Jens: Vocês fizeram uma longa pausa para o novo álbum. Porque é que demoraram tanto tempo?
Bill: Desta vez, uma grande parte do trabalho foi feita por nós próprios e acho que todos sabem como é que é fazer as coisas por nós mesmos. Claro que leva o seu tempo. Desta vez, eu e o Tom produzimos e misturámos as coisas sozinhos. E claro que isto nos provoca algum stress. Fizemos tantas, mas tantas coisas por nós próprios, sozinhos, e foi isso que nos manteve ocupados. Durante o ano passado, nós andámos numa correria porque, para lançarmos o álbum, tivemos que chegar aos limites outra vez. E o nosso trabalho em estúdio estava a correr bem. Não o queríamos interromper. E foi assim que as músicas acabaram por ser feitas. Sem dúvida que o álbum, durante os últimos anos, mudou muito e simplesmente queríamos fazer o melhor álbum possível. Lançar algo que seja bom e não termos que nos comprometer com nada. No fim, foi o que acabámos por fazer.
Jens: Ok, Bill. Agora, citando-te, uma vez disseste que já não podias ouvir mais o nome Tokio Hotel e que já estavas farto de tudo. Agora estás de volta e o nome voltou ao centro das atenções.
Bill: Sim, exactamente. Mas acho que precisamos de manter uma distância saudável, por assim dizer, entre vida e carreira e a banda e o palco. Até determinado ponto, podes voltar a começar a gostar disso, mas acho que precisávamos de uma pequena pausa para descansar disto tudo e de termos mais tempo para encontrarmos novas inspirações. E acho que é exactamente aquilo que fizemos. Agora já temos as nossas novas músicas e tudo parece estar bem novamente, mas, ao mesmo tempo, diferente. Acho que tomámos a decisão certa.
Jens: Voltando atrás, realmente vocês centraram as atenções em vocês. Alguns amavam-vos e outros, para ser sincero, odiavam-vos. Querem manter esta divisão?
Bill: Bem, não é nada mesmo que tivéssemos planeado. Nunca fizemos nada para chegarmos a diferentes públicos, mas por vezes estas coisas simplesmente acontecem.
Tom: É mesmo assim que funciona.
Bill: Exactamente, de certa forma isto acontece. Não fizemos nada para que isto acontecesse, mas, bem, muitos não acreditam nisso. Por isso, quando leio o que as pessoas escrevem diariamente sobre nós, parece que elas pensam que nós viemos com este plano fantástico e que acabou por falhar. Como se tivéssemos planeado sérias estratégias que acabaram assim. Tudo aquilo que posso dizer é que connosco nunca nada funcionou assim. Simplesmente isso tudo foi inventado como resposta a esta situação. Quero dizer, não foi como se nos tivéssemos sentado a preparar um plano genial para conquistar o mundo ou como é que a nossa imagem deveria ser. Apenas ficamos na nossa. No momento, tentamos sempre fazer aquilo que achamos bem. Muitas vezes é uma decisão totalmente espontânea, não é algo programado a longo tempo, não é nada planeado. É por isso que não nos sentamos no estúdio e dizemos "Ok, quais é que devem ser os nossos objectivos e para quem é que estamos a fazer música?". Em vez disso, dizemos "Ok, vamos deixar que façamos aquilo que queremos, descobrir o que é que gostamos e vamos esperar que o sucesso venha atrás". O mais importante é que nos sintamos confortáveis com o nosso trabalho, que o achemos bom e depois, bem, acho que vamos ver se o nosso trabalho consegue alcançar vários públicos e se as pessoas o acham bom ou uma merda.
Jens: É o que vamos ver. Rapazes, vocês agora cantam em inglês. É assim que vão ser as coisas a partir de agora? O que é que aconteceu para mudarem de idioma? E o alemão?
Bill: Sim, vai ser assim, ya. Quero dizer, agora é só o inglês porque não queremos ir por outros lados. Com o último álbum foi cá uma dor de cabeça... Uma vez que fazemos sempre duas versões de tudo e temos de traduzir as coisas inúmeras vezes. De certa forma, faz com que se torne menos criativo, por isso dissemos que não queríamos voltar a fazê-lo. Porque tínhamos que nos comprometer outra vez e perguntarmo-nos se esta versão está melhor do que a outra. Não gostamos lá muito disso. Foi por isso que decidimos manter as músicas como elas são escritas originalmente. E, desta vez, escrevemos em inglês. Por isso, dissemos que não iríamos fazer mais traduções. Mas é sempre possível que escrevamos músicas em alemão outra vez. E se isso acontecer, elas apenas vão ficar em alemão.
Jens: É possível que isto tenha alguma coisa a ver com o facto de vocês passarem muito tempo nos EUA?
Bill: Sem dúvida que é por isso que escrevemos muito em inglês. Tem a sua razão porque trabalhamos com americanos no estúdio, andamos sempre a falar inglês e automaticamente escrevemos em inglês.
Jens: Muito obrigado ao Bill e Tom Kaulitz dos Tokio Hotel. Tudo de bom para vocês.

Tradução (do inglês): CFTH

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