ONE com o Gustav

2006
O Gustav é considerado o mais ajuizado da banda. Ele parece antes reservado e tímido. Mas águas calmas são profundas. Quem conhece o Gustav sabe que ele nunca se torna aborrecido. E pela banda ele estaria pronto a abdicar de tudo o resto. Até agora não contou muito à imprensa, mas quando ele fala toda a gente o ouve.

O Bill e o Tom nunca se entenderam muito bem com os professores. Como era contigo?
Gustav: Sempre tive uma boa relação com os meus professores.

E como era com os teus colegas de turma? Costumavam lutar?
Gustav: Eu não faço boxe. Não recorro à violência.

Achas que as pessoas se podem divertir numa festa sem álcool?
Gustav: Claro! Não consigo suportar quando uma pessoa está completamente bêbada e só começa a disparatar merdas. Uma pessoa tem de saber sempre onde está o limite. Pessoalmente não bebo álcool.

Isso soa tudo muito ajuizado. És sempre assim tão decente ou de vez em quando também fazes merda?
Gustav: Claro que de vez em quando também faço merda como todas as pessoas.

Por exemplo?
Gustav: Com um amigo já pus um bocado de cocó de cão numa pilha de jornais. Depois pusemo-la à frente da porta de uma casa, incendiámo-la e pisgámo-nos. Depois o gajo saiu e pisou-o. É certo que o fogo depois apagou-se, mas ele ficou com um monte de merda no sapato. Foi muito divertido.

Que bandas ouves? Também gostas de Nena?
Gustav: Não [ri-se]. Na verdade o Bill é o único de nós que gosta de Nena. Eu ouço Rage Against The Machine, System Of A Down, Korn, Slipknot, coisas assim. Também acho fixe Foo Fighters, Creed e claro Metallica. Lars Ullrich é o meu Deus da Bateria.

Como escrevem as vossas músicas?
Gustav: Elas originam-se sobretudo com testes, assim simplesmente. Não chegamos ao estúdio e dizemos: "Portanto, agora temos de compor novas músicas." Vem simplesmente com o tempo.

Qual é a tua música dos Tokio Hotel preferida?
Gustav: Pessoalmente não tenho nenhuma música preferida. Fico sempre contente quando nos concertos consigo tocar o álbum todo.

Porque tocas bateria?
Gustav: Sobretudo divirto-me com a bateria, não me interesso por canto. A bateria é para mim mais no plano de fundo e parece reservada. Talvez seja também mais misterioso quando uma pessoa não está tanto na luz da ribalta.

É importante para ti que a mulher da tua vida seja bonita?
Gustav: Claro que ter uma boa figura é sexy. Mas primeiro olho para os olhos.

Conseguirias dormir com uma estranha?
Gustav: Não, primeiro tenho de saber sobre a personalidade da rapariga. Logo lá para cima para o quarto ou qualquer coisa desse género, para mim não é assim.

És religioso?
Gustav: Sou evangelista. Mas quase nunca rezo ou vou à igreja. Só no Natal com a minha família.

O que deve incondicionalmente haver na amizade?
Gustav: Confiança. E que as pessoas já se conhecem há tanto tempo que já não escondem segredos.

Estás constantemente rodeado por câmaras e fotógrafos. O vosso comportamento mudou por causa disso? Prestam atenção à vossa imagem?
Gustav: Assim como nos comportamos em público, comportamo-nos também habitualmente fora dele. Mandamos bocas uns aos outros. Não distinguiria se estamos nos bastidores de um espectáculo ou se estamos juntos num café.

Tens alguma alcunha?
Gustav: Juschtel. Eu sou o mais novo da família, sempre fui chamado de Juschelchen em casa. Os outros da banda também me chamam assim.

Manténs contacto com os vossos fãs ou és antes reservado?
Gustav: Para mim o contacto com os fãs é muito importante porque é daí que os podemos conhecer. Acho divertido quão doidas as fãs são, e também acho interessante as manias.

No entanto às vezes vão demasiado longe, ou não?
Gustav: Para mim é importante que a minha família tenha sempre o seu descanso porque não têm nada a ver com os Tokio Hotel. Além disso, não vejo nada que me possa incomodar. É bonito ter sempre uma recepção onde quer que vamos. Dá-nos força.

Pode ser que, um dia, cada um de vós vá para longe e comece uma carreira a solo?
Gustav: Teoricamente não podemos saber o que o futuro nos reserva. Mas isso não planeamos, queremos continuar juntos como banda. Mas dito honestamente, mesmo que quiséssemos nenhum de nós conseguiria ter uma carreira a solo a não ser o Bill, pois a qualidade de canto de nós os três é realmente má!

Conseguirias imaginar-te a viver um dia em Tokio?
Gustav: Queremos dar concertos gigantescos em Tokio, mas viver lá, seria muito stressante para mim. Além disso quero ficar na Alemanha. Na Alemanha acho Hamburgo fixe, é a minha cidade de sonho.

Estão agora em tour pela Europa e novo álbum está a chegar. O futuro parece muito bom para os Tokio Hotel!
Gustav: Estamos muito nervosos. Estou curioso com o que vem aí para nós.

O que gostarias de partilhar com os vossos fãs?
Gustav: Mantenham-se como são, mantenham-se leais para connosco, comprem os nossos CD's e venham aos nossos concertos!

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