«Tenho medo» - Bill com Vanity Fair

Vanity Fair
3 Abril 2008

O cantor dos Tokio Hotel fala sobre as suas cordas vocais danificadas, sexo com groupies e o seu próprio funeral.

Photobucket
PhotobucketPhotobucket

«Sexo com groupies enoja-me»
Bill Kaulitz (18) numa sessão fotográfica da Vanity Fair, num apartamento num bairro berlinense - Prenzlauer Berg.
_________
Jeans prateados de Philipp Plein. Camisola de gola alta de Boss Black. Botas de DSquared. Acessórios de Sévigné

PhotobucketPhotobucket

«Se eu já fiz sexo ou não deve continuar a ser o meu segredo»
Bill - aqui com duas raparigas - prefere "encontrar o grande amor a se aventurar"

Photobucket

«Simplesmente não tenho tempo para estar sozinho»

Entrevistar um jovem de 18 anos é, como diz a regra dos jornalistas, tão útil como tirar leite a uma pedra. Com o Bill Kaulitz é outra história. O seu primeiro beijo ou o vício pela fama: a estrela adolescente que é referida muitas vezes como gay, fala de maneira mais eloquente que a maioria dos veteranos alemães da indústria do espectáculo. A Vanity Fair encontrou-se com Bill pouco antes da sua cirurgia e contactou-o via e-mail após a cirurgia.

VF: Senhor Kaulitz, como se sente depois da cirurgia às suas cordas vocais?
BK: Bem, sinto-me como uma pessoa se deve sentir depois de enfiarem uma vara de metal pela minha garganta, enquanto estava sob anestesia geral, e cortarem qualquer coisa das cordas vocais. Toda a gente conhece essa sensação. Como estou contente por isso já ter passado. Mas ainda tenho medo pela minha voz e ainda tenho um sentimento de culpa pelos concertos que foram cancelados por causa disto.

VF: Durante quanto tempo tens de descansar agora?
BK: Depois da operação não posso falar durante doze dias. Depois tenho de fazer um mês de reabilitação de voz. Estou cheio de vontade!

VF: Falemos do príncipio. Diz-se que a creatividade alimenta-se da memória das mágoas e das ofensas. Quais foram as tuas?
BK: A grande mágoa foi a separação dos meus pais. Tinha sete anos e não percebi. Influenciou-me muito. No nosso primeiro álbum há uma música que fala sobre isso. Chama-se "Gegen meinen Willen".

VF: Sobre o teu padrasto, Gordon Trümper, sabe-se que é professor de guitarra. Que faz o teu pai biológico?
BK: É camionista e vive em Hannover.

VF: Quando tinhas 8 anos, a tua família mudou-se de Magdeburg para Loitsche, onde vivem apenas 700 pessoas. Como experienciaste esta mudança?
BK: Foi horrível, pois não sou de todo uma pessoa do campo. Pode-se imaginar como eu e o Tom nos destacámos. Olhavam-nos como se fossemos uns aliens completamente malucos. A escola também era horrível. Tinha de me levantar todas as manhãs às cinco e meia para apanhar a carrinha da escola para Wolmirstedt. E chegava de novo a casa só às quatro e meia. Como odiava aquilo! E depois eram sempre as mesmas caras na escola. Foram os piores momentos da minha vida.

VF: Como reagiam os professores aos irmãos Kaulitz?
BK: Até ao sétimo ano, eu e o Tom estávamos sempre juntos. Depois, como castigo, fomos separados. Foi uma verdadeira chapada na cara que nos influenciou muito. Até aí nós fazíamos mesmo tudo juntos. Somos gémeos idênticos e muito próximos um ao outro. Claro que lutámos contra esse castigo, mas os professores achavam que não conseguiam dar conta de nós dois porque tínhamos ambos grandes matracas. Eu não era daqueles que participava mas que depois falava baixo. Eu falava sempre alto. A minha mãe era chamada à escola a cada dois dias.

VF: Era a tua especialidade perguntar pelos teste quando estes não te eram devolvido no tempo certo. De onde apanhaste este "sabe-tudo"?
BK: Eu sempre soube que não ia precisar da escola porque me ia tornar num cantor. Os professores irritavam-me imenso, então estudei os meus direitos. Sabia exactamente o que deviam e o que não deviam fazer. Tinha um tal professor que não ia com nada. Um não me queria dizer Bom Dia porque tinha o meu cabelo para cima e as minhas unhas pintadas de preto. Achavam que eu não podia ir assim para a escola. Um não me queria dar a aula porque eu me parecia como eu me pareço. Diziam coisas como: "A cabeça não é só para o cabelo chique." Eu era um anti-aluno e não aturava nada disso.

VF: Como eram as tuas notas?
BK: Óptimas. Tinha sempre média de 1,8 [sendo 1 o mais elevado]. Isso era o que irritava mais aos professores.

VF: Os professores podiam-te bater?
BK: De modo nenhum. Eu não era um maluco doente que roía as unhas. Eu era muito auto-confiante. Eu ia assim para a escola porque sabia exactamente qie todos olhavam e que os professores falavam sobre mim. Eu gostava disso. Queria atrair as atenções com o meu estilo. As pessoas deviam falar sobre mim.

VF: Há pouco tempo acabaste o liceu por correspondência. É importante saber a diferença entre Omelete e Hamlet?
BK: Bem, já devíamossaber a diferença. Mas o sistema da escola é muito menos individual. Porque deveria estudar matemática se sei qie nunca mais irei precisar disso outra vez? No oitavo ano deixei as aulas de música. Toda a gente ficou pasmada a olhar para mim. Mas nós só aprendemos as biografias de algumas pessoas - zero de inspiração. Tinha notas más a canto porque tínhamos de cantar umas quaisquer canções populares. Era horrível!

VF: Como diz o antigo cliché, a música foi para ti um bilhete de fuga à província melancólica?
BK: Sim. Sempre pensei: só tenho de sair desta terreola infeliz onde toda a gente se conhece! O pior que me podem dar é o dia-a-dia. É por isso que os Tokio Hotel é a coisa certa para mim. Todos os dias são diferentes: novas cidades, pessoas diferentes.

VF: Graças aos paparazzi e aos chamados leitores-repórteres estás constantemente a ser vigiado. É para ti um descaramento ou a realização de um sonho?
BK: Quando era pequeno sempre imaginei tudo o que faço a ser gravado por cameras e a ser exposto ao mundo. Queria atenção desmedida. Agora consegui. E por isso não me posso irritar com isso.


Photobucket

Biografia
Bill Kaulitz, 18

VIDA Nascido a 1 de Setembro de 1989 em Leipzig. O seu irmão gémeo Tom é dez minutos mais velho. A dupla foi criada pela mãe Simone e pelo padrasto Gordon Trümper perto de Magdeburg.

CARREIRA O álbum de estreia "Schrei" atingiu rapidamente a posição 1 dos charts em 2005. Com tournés esgotadas em toda a Europa e prémios como o MTV Award, Echo e Bambi, os Tokio Hotel são hoje a banda de maior sucesso da Alemanha.

O cantor esteve apaixonado há três anos e meio. "Na minha situação precisaria de muita sorte para encontrar a pessoa certa"
__________
Casaco preto de cabedal de Cerruti. Jeans de Diesel. Camisola de gola alta de Boss'Black. Botas de Rancho Mexico. Cachecol de seda de DSquared. Acessórios de Sévigné. Cinto com fivela de cabeça de dragão de Johnny

Photobucket

Até quando era um rapaz da aldeia aborrecido, Bill sonhava com a fama e atenção sem barreiras.
__________
Camisola de gola alta de Boss Black. Camisola tricotada de Vintage. Jeans cinzentos de Diesel. Acessórios de Sévigné. Cinto com caveira de Mastermind.

Photobucket

«É verdade: a fama é mesmo a droga. A desintoxicação seria difícil»

VF:Alguma vez alguém será tão importante para ti como o Tom?
BK: Não. Isso ultrapassa tudo. Também não conseguia imaginar uma vida sem o Tom. Não consigo explicar quão próximos nós somos. Tem qualquer coisa de extrasensorial. Temosmuito frequentemente os mesmos pensamentos e os mesmos sonhos. Na verdade, nem precisamos mais de falar um com o outro.

VF: Muito gémeos idênticos sentem a sua simbiose também como um tormento e fornecem um ao outro cenários homicida.
BK: Claro que nós também discutimos. E quando acontece é realmente violento. Depois acontece mesmo passarmo-nos um com o outro batemo-nos verdadeiramente. Há um ano atirámos com cadeiras um ao outro. Mas não guradamos rancor nenhum. Batemos com as portas, cada um desaparece e dez minutos depois falamos um com o outro.

VF: Qual destes é-te mais próximo: o Bill ao natural ou o maquilhado?
BK: Definitivamente o maquilhado.O Bill simples é como uma máscara para mim. Se não fosse famoso continuava a andar por aí assim. Pertenceme totalmente.

VF: Quem te vê no teu estado natural?
BK: A minha família e pronto.

VF: Miúdos famosos são os mais corruptos da espécies de artistas, porque se destroem à medida que se tornam mais velhos. Vais cair de vez em quando de modo a tornar a tua imagem mais interessante?
BK: É bom mostrar que não és perfeito. Mas não stresso com isso. Planear qualquer coisa para que as pessoas não se vão embora acho que é mau. O que sempre odiei desde o princípio foram as bandas mais velhas ou umas pessoas quaisquer das editoras discográficas que me queriam explicar como tudo funcionava. Não há cá conselhos!Nas nossas primeiras reuniões com a editora discográfica queriam-nos impingir estilistas que devia mudar o nosso look. Até hoje não tenho nenhum estilista que me diga o que deva vestir. Iria constringir-me. Também decidimos sobre cada concerto e cada contrato por nós próprios, porque acho que é muito mau não ser determinado.

VF: Quem pode ainda te dizer "Não"?
BK: Profissionalmente ninguém. Nem a gerência nem a editora discográfica. Quem eu deixo mesmo que digam coisas são os meus melhores amigos e a minha família. A minha mãe pode-me dizer: "Bill, estás com uma panca!". Aí já iria pensar melhor.

VF: Os teus pais ainda tentam te educar?
BK: Devo dizer que a minha mãe nunca nos educou mesmo. Fazer os trabalhos de casa era nossa liberdade de decidir. Deixava-nos completamente livres mas sempre com um olho em cima. Há uma enorme confiança entre nós. Somos como amigos. Não há nada que não contaria à minha mãe. Também nunca tive segredos para ela. A primeira vez que cheguei a casa bêbado ela disse o que achava mas não tive de ter medo.

VF: A tua mãe pede-te que, pelo menos na noite de Natal, deixes o cabelo em paz?
BK: Não. Para ela é totalmente indiferente. Aos nove anos, pintei o cabelo pela primeira vez. Ia alternando desde o verde, azul, branco e preto. Com treze fiz o meu piercing na sobrancelha. Mesmo com isso foi na boa.

VF: Cerca de 200 adolescentes femininos desmaiam nos vossos concertos devido ao excitamento, e há cartazes ao alto com frases como "F***-me por entre a monção". Como te sentes ao saber que milhares de raparigas projectam as suas fantasias sexuais em ti?
BK: Honestamente não penso muito sobre isso. Às vezes olhamos uns para os outros e temos de rir porque não conseguimos imaginar que alguém tenha um poster nosso no seu quarto. Mas acho essa ideia fixe, que estamos algures na parede de alguém. Antes sentava-me no meu quarto e pensava no que é que o mau ídolo, a Nena, estava a fazer, onde estava exactamente e que estava a pensar. Agora que outras pessoas se sentem nos seus quartos e pensem sobre mim, não consigo de todo imaginar. Para mim sou tão normal e não somos nada de especial uns para os outros.

VF: Costumas pensar em ti na terceira pessoa?
BK: Às vezes. Mas por descuido. Quando não estou motivado para fazer algo penso: "O Bill devia mesmo fazer isso porque é bom para a banda."

VF: A tua soberania em espectáculos públicos é para alguns fantástica. Existe alguma diferença entre o Bill, o artista, e o Bill real?
BK: Algumas coisas guardamos para nós. Mas sem ser isso não há grandes diferenças. Os últimos três anos foram uma correria sem parar. Não houve nenhum corte em que pudéssemos ir a algum sítio e estar verdadeiramente em privado. Até em tour tínhamos cameras 24 horas por dia à nossa volta. Quando é que podíamos experienciar qualquer coisa que duas horas depois ninguém soubesse? Mas isto é tudo o que eu sempre quis. Daí temos de nos arranjar.

VF: Aqueles que invejamos raramente se sentem invejados. O que irrita mais em ser o Bill?
BK: O maior problema para pessoas como eu é a confiança. É muito difícil para mim acreditar em alguém e deixar-me levar. No último ano não fiz novos amigos nem me apaixonei. Quando conheço alguém sou muito cauteloso e céptico, e pergunto-me: o que há por detrás disto? Infelizmente conhecemos muitas pessoas que depois se tornam estranhas ou que contaram alguma coisa aos jornalistas. Se eu não fosse tão conhecido, provavelmente já me tinha apaixonado por alguém há muito tempo atrás.

VF: Quem traiu a tua confiança da maneira pior?
BK: Ainda não me deixei levar ao ponto de alguém ter essa oportunidade. Tenho um escudo à minha volta. A liberdade de simplesmetne sair e conhecer alguém sem dizer a alguém com antecedência, é o maior corte que tens de fazer. No entanto, a minha actual vida é aquilo que eu sempre quis.

VF: O problema da confiança é a razão porque tantas estrelas se juntam a outras estrelas?
BK: Sim. A Angelina Jolie não se tem de preocupar se o Brad Pitt se quer tornar famoso por causa dela. Uma celebridade procura preferivelmente alguém que tenha a mesma vida e por isso entusiasma-se. Muitas namoradas minhas nunca perceberam porque é que eu ia directamente da escola para a sala de ensaios e que aos fins-de-semana preferia ir actuar para os bares a ficar em casa a ver televisão com elas. Hoje é claro que é mais difícil. Quem quer viver esta vida contigo? E claro que estas pessoas têm de saber que uma pessoa não sai desta vida assim tão facilmente.

PhotobucketPhotobucket

«No caixão uso casacos de cabedal e perucas»

VF: Quando foi a última vez que estiveste apaixonado?
BK: Há três anos e meio. Não encontrei o grande amor. Também não acredito que todos o encontrem. E se o encontrarem então é só uma vez. Na minha situação tenho de ter muita sorte para o encontrar.

VF: Com 18 anos não preferes andar por aí a curtir?
BK: Acho que não. Precisamente por causa desta vida prefiro encontrar o grande amor que andar por aí a curtir. Quero partilhar o meu pouco tempo com alguém, em que eu sei: Esta tem de ser a tal!

VF: Já disseste alguma vez a alguma rapariga "Amo-te"?
BK: Sim. Mas não o senti. Devia ter dito: "Gosto de ti". À medida que envelheço, levo mais a sério estas diferenças. O Tom provavelmente diz sempre: "Amo-te", para as levar para a cama.

VF: Lutam pelas mesmas raparigas?
BK: Gostamos do mesmo tipo de raparigas. As nossas amigas eram sempre amigas umas das outras. Era horrível porque conspiravam sempre contra nós. O nosso primeiro beijo foi com a mesma rapariga. O Tom foi primeiro. O dia depois ela começou-me a beijar. Depois fartámos daquilo e esquecemos. Meu deus, achei que foi uma merda tão mau como costuma ser o primeiro beijo.

VF: Que idade tinham?
BK: Onze. Ela era três anos mais velha e experiente.

VF: Quando foi a primeira vez que o Tom fez sexo?
BK: Com 14, se me lembro bem.

VF: Diz-se que o Tom anda com as raparigas uma atrás da outra.
BK: Eu deixo-o fazer isso. Ele tem é uma lata para levar para o quarto uma rapariga nova todas as noites. Eu não tinha vontade de fazer isso. Mas nós sempre fomos diferentes.

VF: O teu colega Robbie Williams cotou-nos uma vez que na Alemanha há dois tipos diferentes de groupies. Umas querem tirar uma fotografia durante o sexo com a sua camera digital para ter provas para mostrar às suas amigas. Outras perguntam durante o sexo: "Robbie, os teus sentimentos por mim também são verdadeiros?"
BK: O Tom também me conta isso. Como estamos tanto na estrada nunca tive ninguém na minha cama. Também me enoja um bocado todas as noites deixar alguém que eu não conheço ir para a minha cama. Nao tinha a confiança para levar uma rapariga só por uma noite. A única coisa privada que uma pessoa tem quando está na estrada é o seu próprio quarto de hotel. E levar alguém uma noite para com quem dormir - naaa, eu seria completamente céptico.

VF: Já fizeste sexo?
BK: Quero que isso continue a ser o meu segredo.

VF: Supreende-te que às pessoas achem que és gay?
BK: A maioria das pessoas pensa dessa maneira cliché: maquilhagem mais cabelo arranjado é igual a gay. Eu queria exactamente deixar claro que pode não ser assim. Toda a gente pode fazer o que quiser. uma coisa não tem a ver com a outra.

VF: Que farias se fosses por um dia uma rapariga?
BK: Não ia para o quarto com o meu irmão, de certeza.

VF: Então...?
BK: Sei lá, que faria? Provavelmente o mesmo que faço agora porque não sou assim tão diferente.

VF: Que gostarias de proibir as raparigas de fazer?
BK: Não ser ciumentas porque os cíumes são muito importantes.
quando eu estou apaixonado quero tudo só para mim e não a deixo ir mais. Ficava maluco se a minha namorada me dissesse: "Bill, não me importo com as muitas raparigas que gritam. Confio em ti totalmente."

VF: Já te enganaram alguma vez?
BK: Não. Também nunca enganei. Fidelidade é para mim o mais importante.

VF: O que irrita as mais as tuas namoradas?
BK: Eu falo muito alto. O dia inteiro. E sempre com as mãos e os pés. Nunca deixo ninguém falar. Toda a gente se irrita com isso.

VF: O que é mais difícil: amar alguém ou amar-se a si próprio?
BK: A si próprio. É muito difícil defenderes aquilo que és a toda a gente. Há imensos momentos em que me sinto inseguro e que preferia cavar um buraco para me enfiar, pôr-me debaixo de um cobertor e ficar lá durante um ano. Às vezes estou muito contente por estarmos nesta correria e dar um concerto atrás do outro, assim não temos tempo para pensar muito. Simplesmente não temos tempo para a solidão.

VF: Consegues viver sem um Celeb-sitter?
BK: Não posso ir ao padeiro simplesmente. Claro que alguém faz isso por mim. Mas ainda sou útil para o dia-a-dia porque tenho o problema de ser perfeccionista. Não consigo deixar as outras pessoas fazer coisas. Este controlo é anormal e ainda se torna pior. Tudo tem de ser reparado ao mais pequeno promenor porque eu tenho de saber exactamente o que vem a seguir. Senão dou em maluco. O Tom também é assim. Pagamos a imensas pessoas para que nos livrem de algumas coisas. Mas criámos isto tudo por nós, e por isso é difícil quando outras pessoas põe a mão nos Tokio Hotel.

VF: Também controlas as tuas finanças?
BK: Sim. Fazemos isso desde os 13. Tenho acesso a todas as contas e controlo-as como faço com a minha carreira.

VF: Sabes quantos milhares tens?
Uma senhora com uma tábua em apuros da editora discográfica grita do fundo: "Não se fala sobre dinheiro!"

VF: Quando vão comprar uma vivenda para os vossos pais?
BK: Assim que tiver dinheiro para a comprar. Quero viver com o smeus pais. Somos tão próximos que não iria achar um peso. Não há barreiras onde eu diria: "Oh Deus, têm mesmo de ir embora!"

VF: Vamos imaginar que serias raptado. Qual seria a quantia razoável para um resgate?
BK: Tanto quanto os meus amigos pudessem dar. E depois claro que reaviam o dinheiro.

VF: Que pensas sobre a queda da Britney Spears?
BK: Consigo perceber como isso pode acontecer porque também vivo essa vida. Pessoas de fora prvavelmente pensam todas: "Ela tem dinheiro, conseguiu tudo porque é que não relaxa?" Não conseguia imaginar-me a ter uma carreira a solo e andar o tempo todo sozinho na estrada. Não confio em mim para ter essa enorme responsabilidade.

VF: Em 1991, a Madonna disse: "Fico feliz quando for tão famosa como Deus." Também pensas assim?
BK: Claro que é uma frase divertida. Mas consigo compreender porque não há nenhum Stop. Não se diz: "Agora sou famoso na Alemanha, isso chega para mim." Uma pessoa tem a necessidade de ser famosa em todo o lado quanto possível. Mesmo quando for imensamente rico e tiver uma ilha vou desejar mais. É verdade: A fama é a droga. A desintoxicação seria um choque, onde só iria ter problemas.

VF: Se as drogas não fossem proibidas: quais experimentarias?
BK: Qualquer coisa relaxante, que te leva a não ter mais controlo sobre nada.

VF: És uma estrela nos teus sonhos?
BK: Uma vez tive um pesadelo: estava num quarto de vidro deitado na cama e à minha volta fotógrafos que tiravam fotografias sem parar. Disse a um da nossa equipa: "Merda, merda, não podes mandar todos embora?" Mas o gajo disse: "Não, não posso. Tens uma marcação e adormeceste." Por enquanto ainda nunca faltei a uma marcação. Tenho três alarmes e por isso nunca adormeço. Também sou sempre pontual.

VF: Porque é que ainda ninguém te viu a dançar?
BK: Eu nunca danço. Sento-em sempre no canto - a não ser que esteja completamente bêbado. Então faço-o. Acho que dançar é uma coisa de raparigas. Mesmo que soe um bocado foleiro: só as raparigas é que têm de dançar em todo o lado.

VF: Pensas no teu próprio funeral?
BK: Tenho de dizer honestamente que sim. Os meus amigos, que são da mesma idade, também pensam nisso. Imaginamos que pessoas estarão lá e quem chorará verdadeiramente.

VF: Que música deve ser tocada no teu enterro?
BK: "Magic Dance" de David Bowie do filme "O Labirinto". É uma música muito divertida e "O Labirinto" é o meu filme de infância, e até hoje o adoro.

VF: Que trazes vestido no caixão?
BK: Estou todo de preto e tenho uma casaco de cabedal vestido. O meu último desejo seria, de certeza, que o meu cabelo estivesse arranjado. Espero que ainda tenha cabelo nessa altura. Senão pode-se pôr peucas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Simplesmente é a entrevista ao Bill que mais gostei até agora... ele realmente mostrou o quanto cresceu e e mostrou as suas melhores qualidades e acima de tudo o facto de que a fama não lhe subiu à cabeça!!

Força Bill, estamos contigo!! dia 29.6.08 vamos estar lá todas incluindo eu!! xDD

Bjs para todas as fãs!! *****

Anónimo disse...

instrevista lindaaaaa
a melhor d todas....
ri-m chorei tudooooo
bj
bill amt